Que atire a primeira pedra, ou bolsa de cimento, quem nunca se irritou com um pedreiro que atrasa a obra. Mas um músico de Campo Grande (MS) levou ao pé da letra a irritação. Na tarde de ontem (15), o músico Gideão Correa Dias, de 41 anos, acabou sendo preso em flagrante por atirar 12 vezes na moto de um pedreiro que prestava serviço em sua casa no Jardim Bonança, na Capital. A motivação para a ação do músico, foi um suposto atraso na obra que evoluiu para uma discussão entre os dois e terminou com disparos de arma de fogo.
Depois que a motocicleta foi atingida, o operário da construção civil, de 51 anos, fugiu com medo de morrer e denunciou o ocorrido à polícia. Quando chegou a uma esquina, chamou a polícia. No local, os militares encontraram Gideão, que se apresentava como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), portando uma pistola 9mm. Além disso, ele forneceu todos os documentos necessários.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a vítima afirmou que os dois entraram em discussão, pois Gideão reclamava da demora para a entrega da obra, que foi iniciada em outubro de 2023, mas que tal situação aconteceu pois o músico sempre pedia serviços extras prejudicando o andamento da obra.
Após a briga, o pedreiro disse que pegaria suas coisas e iria embora dali, saindo em direção a sua motocicleta, em seguida Gideão apareceu armado exigindo ser ressarcido do valor já pago e afirmando “Vou meter bala na sua cara”, apontou a arma e começou a efetuar os disparos contra a motocicleta, acertando o tanque do veículo.
Gideão, que também foi ouvido pelos policiais, admitiu que perdeu a paciência com os atrasos na obra e chamou a atenção dos pedreiros quando ocorreu a briga. Ele explicou que assinou o contrato desse serviço em outubro passado, que tudo custaria R$21 mil e que a obra seria concluída em três meses. No entanto, o serviço não foi concluído desde então. Ele disse que pagou ao pedreiro 24 mil reais pela ajuda extra.
A discussão teria iniciado após o pedreiro pedir mais uma quantia para mexer na rede elétrica do imóvel, o que foi questionado pelo músico, mas ele nega ter feito ameaças. Ele foi levado ao Depac Cepol.




