Campo Grande se destacou em julho com uma das maiores quedas no preço da cesta básica de alimentos do Brasil. A redução de 2,18% no custo total do conjunto de alimentos essenciais na capital sul-mato-grossense foi a quarta mais expressiva entre as 27 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Apesar da queda, o custo da cesta básica em Campo Grande, que chegou a R$ 775,76 em julho, continua entre os mais caros do país, ocupando a sexta posição no ranking nacional. A capital com o maior valor foi São Paulo (R$ 865,90).
O que puxou os preços para baixo?
A análise do DIEESE revela que a redução no valor da cesta em Campo Grande foi impulsionada pela diminuição dos preços de nove dos 13 produtos que a compõem. O destaque fica para a batata, cujo preço caiu impressionantes 28,52%, seguida pela banana (-4,10%) e pelo arroz (-4,09%).
Entretanto, alguns itens tiveram aumento de preço no período, como o óleo de soja (2,96%), o pão francês (0,97%) e o tomate (0,37%).
Tempo de trabalho e renda comprometida
Para o trabalhador de Campo Grande que recebe salário mínimo, a queda nos preços trouxe um leve alívio. Em julho, foram necessárias 112 horas e 26 minutos de trabalho para adquirir a cesta básica, uma diminuição em relação às 114 horas e 56 minutos registradas em junho.
Além disso, a porcentagem da renda líquida comprometida com a compra dos alimentos também diminuiu, passando de 56,48% em junho para 55,25% em julho, mostrando uma melhora, mesmo que discreta, no poder de compra do campo-grandense.