Andrea e Carlos teriam iniciado uma discussão após retornarem de um terço em homenagem à Nossa Senhora Aparecida
Carlos Alberto da Silva, de 38 anos, foi preso na noite do último domingo (19). A informação foi divulgada e confirmada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (20).
Ele é o principal suspeito de ter assassinado a companheira, Andrea Ferreira, de 40 anos, a tiros dentro da casa onde viviam, no município de Bandeirantes, a cerca de 68 km de Campo Grande.
Durante o interrogatório, Carlos admitiu o crime e revelou onde havia escondido a arma utilizada no homicídio: um revólver calibre .38, que foi localizado pelas autoridades no quintal da residência do pai dele. O armamento estava enrolado em sacolas plásticas e escondido dentro de um saco de arroz, em meio ao mato.
Entenda o caso
O crime ocorreu na noite de 12 de outubro, no bairro Cohab II. Andrea e Carlos teriam iniciado uma discussão após retornarem de um terço em homenagem à Nossa Senhora Aparecida. Conforme as investigações, ambos haviam consumido bebidas alcoólicas antes da briga.
A discussão se intensificou em casa e terminou em tragédia: Carlos disparou duas vezes contra Andrea, atingindo o pescoço e a nuca da vítima. Ela chegou a ser levada para o hospital do município, mas não resistiu aos ferimentos.
A filha de Andrea, uma adolescente que estava na residência acompanhada do namorado, presenciou o crime e tentou socorrer a mãe, tentando estancar o sangue após os disparos.
Quando a Polícia Militar chegou ao local, encontrou indícios de uma briga violenta: uma faca, uma pedra, uma poça de sangue e o carro de Carlos danificado. Segundo a investigação, momentos antes do assassinato, Andrea teria quebrado o vidro traseiro do veículo, furado os pneus e arremessado pedras contra o automóvel.
Registros anteriores indicam que o relacionamento do casal era conturbado. Andrea havia registrado dois boletins de ocorrência por violência doméstica contra Carlos, um em 2023 e outro em 2024. Por outro lado, o suspeito também registrou um B.O. por dano ao seu veículo. Apesar do histórico de agressões, os dois haviam retomado o relacionamento cerca de duas semanas antes do crime.
O caso é investigado como feminicídio.