Iniciativa do IHP usará armadilhas fotográficas e ações sociais para monitorar a espécie no Pantanal
Um projeto inédito do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) vai ampliar o monitoramento das onças-pintadas na Serra do Amolar, em Corumbá, com foco na estimativa da densidade da espécie e no fortalecimento da convivência com as comunidades locais. A iniciativa foi aprovada pelo Fundo Luz Alliance, gerido pela BrazilFoundation, e está alinhada à Década da Restauração dos Ecossistemas da ONU.
Para a execução do projeto, foram adquiridas 40 armadilhas fotográficas, que serão instaladas em um amplo grid para registrar a fauna da região. A ação prevê deslocamentos de mais de 400 quilômetros pelo rio Paraguai e a produção de cerca de 120 mil imagens, que serão catalogadas com apoio de Inteligência Artificial e analisadas pela equipe técnica do IHP.
Além do monitoramento ambiental, o projeto inclui o levantamento de informações sociais junto às comunidades, com o objetivo de apoiar estratégias que reduzam conflitos, como a predação de animais domésticos, e promovam a coexistência entre pessoas e onças-pintadas.
As atividades estão previstas para começar em 2026, com duração estimada de até 12 meses. Os dados obtidos poderão subsidiar políticas públicas, ações de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e contribuir para o Plano de Ação Nacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio.






