Estratégia com Wolbachia mostrou impacto positivo no controle da doença em Campo Grande
Um estudo científico confirmou que a utilização de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia contribuiu para uma redução de 63,2% nos casos de dengue em 2024 nas regiões de Campo Grande onde a estratégia atingiu níveis considerados estáveis.
A pesquisa avaliou áreas que receberam a liberação da tecnologia entre 2020 e 2023 e apontou que a presença média da bactéria chegou a 86,4% dos mosquitos, índice que garante a eficácia da ação. Ao todo, 89% das áreas acompanhadas alcançaram o patamar mínimo necessário para a proteção coletiva.
A estratégia funciona ao introduzir a bactéria Wolbachia no mosquito Aedes aegypti, o que impede a multiplicação dos vírus da dengue no inseto e reduz a transmissão da doença. A técnica não utiliza inseticidas e atua como complemento às ações tradicionais, como eliminação de focos e vacinação.
Mais de 100 milhões de mosquitos foram liberados em seis regiões urbanas, com acompanhamento constante por armadilhas de monitoramento. Os dados mostram que, após a implantação, a cidade deixou de registrar picos elevados de casos como os observados em anos anteriores.
A iniciativa integra políticas públicas de saúde e conta com parceria entre instituições de pesquisa e órgãos de saúde, reforçando estratégias sustentáveis e de longo prazo no combate às arboviroses.





