Homem de 32 anos, que invadiu a escola Iracema de Souza Mendonça, no Bairro Universitário, em Campo Grande (MS), confirmou a polícia civil que teria cometido o ato após ver a menina de apenas 4 anos abraçar seu filho, na manhã de ontem (11). Segundo a assessoria além da menina, também foi agredida a diretora da unidade escolar, de 64 anos. Ele ainda confirmou que mandou o filho “meter porrada” em quem viesse abraçá-lo, uma vez que segundo o pai, o menino teria “fobia de abraços”.
Conforme a Polícia, não há por enquanto, nenhum indício de racismo no fato, uma vez que as investigações ainda estão em andamento. Apesar do pai dizer que a criança tem “fobia” a abraços, a irritação só aconteceu com a menina negra e não foi apresentado qualquer laudo de distúrbio da criança.
Segundo contou à polícia, ele teria ido até o local às 7h, para levar o filho, que assim como a vítima, também tem quatro anos. A criança entrou e ele ficou do lado de fora e viu quando a menina de 4 anos abraçou seu filho. Então ele teria pedido para que a monitora da escola separasse os dois, o que não foi atendido. Em seguida, ele também teria pedido para a diretora afastar os dois, o que segundo ele também não foi atendido.
Foi aí que ele resolveu que poderia invadir a escola, já que ficou nervoso e ele mesmo foi “afastar as criança”. Ainda de acordo com a assessoria da Polícia Civil, a diretora tentou impedir que ele entrasse no local, porém foi empurrada pelo pai.
Transtornado ele foi até a menina “afastou” de seu filho, pegou o menino e foi embora. De acordo com o autor, ao chegar na esquina, repensou sua atitude, se arrependeu e voltou com o menino na escola e foi até a sala da diretora, que estava registrando o ocorrido em ata escolar. Ainda nervoso, na sala da diretora ele teria dito ao filho que se caso a menina ou qualquer outra criança se aproximasse dele, que ele poderia bater.
A Guarda Civil Metropolitana foi acionada e conduziu os envolvidos para a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde foi lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência.
Além da oitiva dos envolvidos e de testemunhas, foi analisado o vídeo da câmera de monitoramento da escola.
Durante a investigação, até o presente momento, não surgiu qualquer indício de racismo. Os fatos seguem em investigação pela DEPCA.