Uma estudante de 15 anos, foi alvo de injúrias raciais e acusa outra colega de sala. Ambas estudam na escola Lino Vilachá no bairro Nova Lima em Campo Grande (MS). Nesta quarta-feira (21) a mãe da adolescente procurou a delegacia de posse de prints onde a vítima é chamada de “carvão da África” e escrava. Já a mãe da adolescente acusada nega e diz que “qualquer um pode forjar conversa”.
“Minha filha está muito abalada e eu também. Fui avisada pela escola e é revoltante”, contou a mãe da jovem que procurou a polícia após ter ciência que foi criado um grupo para proferir ofensas racistas contra a filha dela.
Conforme ela relatou na polícia, a adolescente suspeita juntamente com alguns estudantes do 9º ano, criaram grupo de de ódio, com objetivos racistas para ofender a colega. Ela contou ainda que a adolescente se aproveita da posição de lider de sala para fazer intimidações a vítima e que mentia que a mãe era policial.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a mãe da adolescente que inicialmente afirmou que a filha teria sido vítima de “tentativa de agressão” por parte da colega, e que ela não procurou a polícia por uma conselheira tutelar do Conselho Tutelar Norte teria a orientado a aguardar a visita do conselho em sua casa. “Eu não sei o nome da conselheira, ela só disse que vai vir aqui em casa e que era para eu aguardar. E essas mensagens são montagens, dá para fazer montagens assim. Eu posso forjar até uma conversa entre nós agora e te acusar”, afirmou a mulher que disse ser pessoa pública no Instagram e no TikTok
Durante a conversa a mãe da adolescente frisou sobre um dia ter ido fardada na escola e ao ser questionada sobre a profissão preferiu não responder. “Minha profissão vai ficar oculta”, disse ela que compartilha fotos usando uma farda.
Apesar de ter dito que teria confiscado o celular da filha, a mãe não quis comentar sobre o vídeo gravado pela menina proferindo mais ofensas e ameaças, logo após a conversa com a reportagem.
Escola
De acordo com as informações da assessoria da Secretaria Estadual de Educação, a direção da unidade nos informou que essas medidas já foram aplicadas, inclusive com o encaminhamento do caso para o Conselho Tutelar.
A mãe da vítima confirmou que foi avisada pela direção escolar sobre o ocorrido e que a autora das ofensas racistas foi suspensa.