Após ser preso na manhã de hoje (17), o ex-prefeito de Anastácio, Douglas Figueiredo (PSDB) fez um pronunciamento explicando seu ponto de vista em relação à abordagem e prisão.
Em nota divulgada, Douglas afirma estar indignado com a situação e a forma que a operação foi conduzida em sua casa foi arbitrária, ele aponta ainda que a ação configura-se como uma flagrante tentativa de desmoralizá-lo e inviabilizar sua candidatura baseada em narrativa criada por opositores.
“Acredito que essa operação tem um viés político evidente, motivado por minha liderança nas pesquisas eleitorais. É inaceitável me silenciar e impedir que eu continue na pré-campanha que dia a dia tem mais apoio. O meu encaminhamento até à delegacia se deve por um erro relativo a armas de fogo antigas encontradas em minha residência, a qual errei em não buscar o devido registro, a qual responderei perante a lei. Contudo, apesar de estar indignado com as medidas tomadas ao arrepio da lei, me sinto aliviado, pois assim a Justica poderá dizer à sociedade de uma forma ampla que nada tenho a ver com os fatos ocorridos no dia 08 de maio”, declarou Douglas.
Além disso, ele também deu um esclarecimento sobre a morte do ex-vereador Dinho Vital. “Em relação à lamentável morte do Sr. Dinho Vital, motivo pelo qual a operação teria sido realizada, esclareço que o ocorrido foi uma fatalidade, resultado de um momento de destempero e excessos, gravados em vídeo. Não participei de discussão com ele, não briguei e muito menos estava no local no ocorrido e lamento profundamente o que aconteceu. Confio plenamente na justiça e tenho convicção de que minha inocência será provada. Acredito que a verdade prevalecerá e que os responsáveis por essa injustiça serão punidos”, afirmou.
A prisão:
A casa dele foi alvo de mandado de busca e apreensão, no entanto os policiais encontraram duas armas tipo carabinas, sendo uma de calibre 38 e outra calibre 22, sem numeração e marca aparente, além de uma pistola marca Taurus, modelo 1s9 calibre 9mm, com um carregador e quatorze munições marca CBC intactas.
Douglas e dois PMs são investigados e foram alvos de busca e apreensão tem como objetivo “coletar provas relativas à prática do crime de homicídio qualificado, por meio da apreensão de vestígios físicos ou digitais localizados, por exemplo, em cadernos, agendas, anotações avulsas, extratos, dispositivos eletrônicos, servidores, redes ou serviços de armazenamento em nuvem de qualquer espécie, quando houver suspeita que contenham material probatório relevante para as investigações”, conforme decisão judicial.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO/MPMS) e com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, cumpre, nesta sexta-feira (17/05), dois mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão, nos municípios de Anastácio e Aquidauana.
Durante as diligências, um dos investigados foi preso em flagrante por posse de armas de fogo de uso permitido e restrito, sem a devida documentação legal.
Os mandados decorrem de decisão judicial expedida pela 1ª Vara da Comarca de Anastácio, no bojo da investigação procedida pela 1ª Promotoria de Justiça da referida Comarca, que apura as circunstâncias da morte da vítima Wander Alves Meleiro, ocorrida no último dia 8 de maio de 2024, por volta das 17h, nos festejos de aniversário da cidade.