O vice-presidente da Fiems, Crosara Júnior, destacou que produtos industriais de Mato Grosso do Sul, como grãos, óleo, proteína, papel e celulose, podem se beneficiar da rota
O Fórum Sul-Americano de Integração da Rota Bioceânica começou nesta quinta-feira (30/10) em Campo Grande, reunindo empresários, autoridades, gestores e contadores para discutir os impactos econômicos, sociais e contábeis da rota que ligará Brasil, Argentina, Paraguai e Chile.
Com obras de pontes e rodovias em estágio avançado, o debate se concentrou nas oportunidades comerciais e na necessidade de agilizar o trânsito de cargas e reduzir a burocracia aduaneira. O vice-presidente da Fiems, Crosara Júnior, destacou que produtos industriais de Mato Grosso do Sul, como grãos, óleo, proteína, papel e celulose, podem se beneficiar da rota.
“As operações precisam ser rápidas e eficientes. A rota só será viável se construirmos um modelo de ‘free flow’, sem que a burocracia trave o movimento de cargas”, afirmou.
O presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-MS), Otacílio dos Santos Nunes, ressaltou que profissionais de contabilidade e serviços devem se preparar para atender a demanda de indústrias, logística e comércio exterior gerada pela integração da rota.
O ministro de Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, destacou a importância de melhorar o trânsito aduaneiro nas fronteiras terrestres para potencializar o comércio regional, e garantiu que há boa disposição dos órgãos para avançar rapidamente.
A cidade portuária chilena de Iquique, que abriga a segunda maior zona franca da América Latina, foi apontada como estratégica para a exportação de produtos sul-americanos aos mercados da Ásia e do Oceano Pacífico. O prefeito chileno Mauricio Soria Macchiavello ressaltou que o Chile possui ampla rede de tratados de livre comércio, o que permite que produtos brasileiros se qualifiquem para exportação com tarifas reduzidas e transporte mais rápido para a Ásia.






