Casal vivia em uma residência invadida e correu com a criança no colo por duas quadras
Investigações policiais apontaram fortes indícios que a genitora, 19 , e o padrasto, 24, foram os responsáveis pelas agressões que levaram um bebê de 2 anos ao coma.
A vítima está internada desde o dia 23, na Santa Casa de Campo, com traumatismo craniano e apresenta lesões sérias em outras partes do corpo.
Em coletiva na DEPCA (Delegacia Especializada na Proteção a Criança e ao Adolescente) na tarde desta quinta-feira (1), a delegada responsável pelo caso Nelly Macedo explicou que as contradições começaram já no momento do resgate e a genitora a todos tempo tentou proteger o namorado.
“Eles primeiro disseram que o acidente foi em via pública, mas isso não condizia com o que a mãe disse no hospital. Conforme apresentamos os fatos, eles mudavam as versões. Mas conseguimos imagens, de câmeras de segurança, que mostram eles correndo com a criança ferida no colo, que comprova a tentativa de esconder o local do crime”, explica a delegada.
O casal vivia em situação de rua, tanto que a residência onde tudo aconteceu estava a venda. “Os vizinhos falam que as crianças eram bem cuidadas, até achavam que o casal tinha alugado a casa para morar, não sabiam que era invadida”, relata Nelly.
A delegada ainda pontuou que a genitora tentou de todas as formas acobertar o companheiro. “Foram diversas versões até não conseguirem mais mentir, a mãe tentou de todas as formas acobertar o padrasto”, confirma a delegada.
Eles foram presos temporariamente por tentativa de homicídio, com a qualificação da vítima ter menos de 14 anos. O Conselho Tutelar tratará da questão da guarda do bebê internado e da irmã dele, de quatro anos.
A Polícia também aguarda o laudo pericial que deve demorar 10 dias para sair o resultado.
Segundo a avó da vítima, há poucas chances de sobrevivência do menino, que segue internado na Santa Casa.
Por Kamila Alcântara