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Jovem guerreiro kaiowá foi morto e teve o corpo descartado no Paraguai denuncia liderança

Jaguatirica by Jaguatirica
24/05/22 11:53
in Polícia
Reading Time: 3 mins read
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Foto: comunidade Taquaperi

Foto: comunidade Taquaperi

A comunidade dos povos originários de Mato Grosso do Sul, pede justiça pelo jovem guerreiro kaiowá Alex Recarte Vasques Lopes, de 18 anos, morto em Coronel Sapucaia, enquanto buscava lenha próximo a reserva Taquaperi.

“Mataram um rapaz de 18 anos, é triste. A família decidiu fazer a retomada onde mataram o rapaz. Precisamos do apoio dos órgãos competentes. Aqui na aldeia Taquaperi, nunca acontecem retomadas, é a primeira vez que acontece isso. Já perdemos muitos parentes na estrada, atropelados. Dessa vez, tomamos a decisão [de retomar]. Chega de perder nossos parentes, é dor para nós”, relata a liderança.

“A família fica com dor no coração, porque além de matar, aqui no vizinho, carregaram e jogaram lá no Paraguai. Parece um animal, é uma coisa triste. Então, tomamos essa decisão nossa, da família e da comunidade inteira do Taquaperi”, prossegue o Guarani Kaiowá.

Segundo o boletim de ocorrência, as autoridades foram informadas no sábado (21/5) por meio da liderança da aldeia Taquaperi, que o corpo de Alex foi encontrado na cidade de Capitan Bado no Paraguai vítima de arma de fogo e a poucos metros da divisa com o país vizinho. A liderança foi até o Paraguai para se informar sobre o ocorrido.

O corpo do jovem foi encaminhado ao IML do Paraguai onde foi realizado os procedimentos. Na sequência foi liberada para uma familiar cuidar do traslado. Ainda, de acordo com relato da liderança, a vítima foi morta na fazenda que faz divisa com a aldeia, que relatou terem escutado na sexta-feira (20/5) seis disparos por volta das 16h e depois às 22h. Neste mesmo dia foi visto uma caminhonete de cor preta indo até a fazenda e deixando o local rapidamente.

Segundo a ocorrência, os indígenas acreditam que a vítima foi morta na fazenda pelo capataz e desovaram o corpo no país vizinho. Uma equipe policial se deslocou até a fazenda e não encontrou ninguém tão pouco vestígios de sangue ou indícios de disparos de arma de fogo.

Por meio de redes sociais foi informado que após o assassinato de Alex Lopes, de 18 anos, a comunidade da reserva indígena Taquaperi decidiu retomar a fazenda onde o jovem teria sido morto. Lideranças cobram investigação federal do caso.

E denunciam:

“A TI Taquaperi é uma das oito reservas indígenas criadas pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) na região sul do Mato Grosso do Sul, ainda no início do século XX, com a finalidade de confinar os indígenas que ocupavam toda a região e liberar seus territórios para a colonização. Apesar do projeto original ter criado reservas com 3.600 hectares, a TI Taquaperi possui, hoje, apenas 1.777 hectares, segundo a base cartográfica da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Cerca de 3.300 indígenas vivem neste pequeno espaço, o que inviabiliza que sobrevivam de acordo com seu modo de vida tradicional. O confinamento e a apropriação, ao longo das décadas, de partes da área reservada por fazendeiros é uma das razões para que os Guarani e Kaiowá da reserva frequentem áreas de mata das propriedades vizinhas à reserva, reivindicadas pelos indígenas como parte de seu território tradicional.”

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