Em quase sete anos de movimentação processual, a Juíza Júlia Cavalcante Silva Barbosa, da 3ª Vara Federal, assumiu o julgamento da ação penal contra André Puccinelli por desvios de dinheiro nas obras de pavimentação da Avenida Lúdio Martins Coelho e da Operação Lama Asfáltica.
Conforme o jornal O Jacaré, a magistrada é a oitava julgadora a assumir os processos, após o afastamento do Juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, considerado suspeito pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Em um despacho publicado ontem (24), a juíza decidiu suspender as audiências para ouvir as testemunhas, que iriam começar na terça e iriam se estender até o dia 2 de junho.
“Tendo em vista decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, no Habeas Corpus n. 5031520-33.2021.4.03.0000, que reconheceu a suspeição do MM. Juiz Federal BRUNO CEZAR DA CUNHA TEIXEIRA e anulou todos os atos decisórios e instrutórios a partir da decisão de recebimento da denúncia, impõe-se, por óbvio, o cancelamento de todas as audiências anteriormente designadas nos autos”, pontuou a magistrada no despacho.
Julgadores
Entre as entradas e saídas dos julgadores, André Puccinelli usou tornozeleira eletrônica, foi preso com filho pela primeira vez e na segunda, permaneceu por cinco meses no Presídio de Trânsito.
Além do ex-governador e o filho, João Amorim e João Baird também foram presos juntos com mais dois empresários.
O primeiro juiz a analisar a denúncia foi Odilon de Oliveira, então titular da 3ª Vara, porém alegou foro íntimo e se declarou suspeito. O segundo foi juiz Dalton Kita Conrado,da 5ª Vara Federal.
Após a deflagração da primeira fase da Operação, a juíza substituta Monique Leite Marchioli assumiu o processo. O juiz Fábio Luparelli Magajewski foi o quarto a analisar a denúncia, porém ficou apenas cinco meses no julgamento do processo.
O juiz Ney Gustavo Paes de Andrade ficou temporariamente na 3ª Vara herdou o processo, porém após Bruno Cezar assumir a titularidade da 3ª vara, o magistrado seguiu como julgador do processo.
O juiz substituto Sócrates Leão Vieira foi o 7º magistrado a atuar no caso e com afastamento de Bruno, a Julia Cavalcante foi a 8ª a assumir o cargo.