O ex-conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Cícero Antônio de Souza, faleceu nesta quinta-feira (25), em São Paulo, aos 80 anos. Ele estava internado para tratamento contra um câncer.
Trajetória na política e no TCE
Formado em Direito pela Universidade de Uberlândia (MG), Cícero iniciou a carreira pública como deputado estadual, cargo que exerceu por quatro mandatos consecutivos entre 1986 e 2001. No Legislativo, chegou à presidência da Casa entre 1994 e 1996.
Em 2001, foi nomeado conselheiro do TCE-MS, onde construiu uma trajetória de mais de uma década. No tribunal, ocupou a vice-presidência em dois biênios e comandou a Corte de Contas em quatro gestões seguidas (2007-2008, 2009-2010, 2011-2012 e 2013-2014). Aposentou-se oficialmente em 2014, dedicando-se também à pecuária e ao empreendedorismo.
Nota de pesar do TCE-MS
Em comunicado oficial, o Tribunal de Contas lamentou a perda do ex-dirigente:
“É com profundo pesar que o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul comunica o falecimento do conselheiro aposentado Cícero Antônio de Souza. Graduado em Direito pela Universidade de Uberlândia (MG), o conselheiro Cícero ingressou no TCE-MS em 31 de dezembro de 2001, onde desempenhou sua missão com dedicação e compromisso até a aposentadoria, em 2014. Durante sua trajetória, presidiu esta Corte de Contas em quatro biênios consecutivos (2007-2008; 2009-2010; 2011-2012; 2013-2014), deixando uma marca de liderança e contribuição relevante para a instituição. Além de sua vida pública, também se dedicou à pecuária e ao empreendedorismo.
Em nome de todos os conselheiros, conselheiros-substitutos, procuradores, auditores e servidores, o presidente do TCE-MS, conselheiro Flávio Kayatt, manifesta solidariedade e apresenta condolências à família e amigos, desejando que encontrem conforto neste momento de dor.”
Legado e controvérsias
Figura de destaque na política sul-mato-grossense, Cícero deixa uma trajetória marcada por liderança no Parlamento estadual e na Corte de Contas. Nos últimos meses, seu nome também voltou ao noticiário em razão de condenação judicial por improbidade administrativa em contratos do TCE, decisão ainda sujeita a recursos.
Apesar das controvérsias, sua passagem pela vida pública será lembrada pela longa atuação nos espaços de poder e decisão de Mato Grosso do Sul.
Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e sepultamento.