A brutal morte de Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, ganha novos contornos com as informações reveladas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (29). A mulher, assassinada a facadas no Jardim Columbia, em Campo Grande, deixa cinco filhos menores de idade, agora órfãos de mãe após mais um caso de feminicídio em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o boletim da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Luana foi atacada na noite de terça-feira (28) por Gilson Castelan de Souza, que confessou o crime logo após fugir do local. Ele já tinha um mandado de prisão em aberto por outro feminicídio, cometido em 2022, em Várzea Grande (MT), quando matou a ex-mulher, Sibelne Duroure da Guia.
O novo crime aconteceu por volta das 20h20, no cruzamento das ruas Maicuru e Vaupés. Testemunhas disseram que Luana foi surpreendida pelo agressor enquanto estava sentada na varanda de uma empresa. Após o primeiro golpe, tentou correr, mas foi atingida novamente nas costas. Mesmo gravemente ferida, correu pedindo socorro, chegando a entrar em uma casa próxima, onde caiu na entrada.
O Samu ainda tentou reanimá-la, mas a vítima morreu no local com 11 perfurações entre costas, pescoço e cabeça.
Durante as diligências, a polícia descobriu que o autor ligou para o dono da empresa onde ocorreu o crime e enviou um áudio confessando o assassinato. Pouco depois, foi localizado caminhando pela Avenida Cônsul Assaf Trad, ainda com a faca na cintura. Ele resistiu à prisão e precisou ser contido com uso de spray de pimenta.
Segundo a Polícia Militar, a cena foi parcialmente comprometida após funcionários lavarem o pátio com água e sabão antes do fim da perícia.
O corpo de Luana foi reconhecido pelo irmão, que confirmou à polícia que a irmã era mãe solo de cinco crianças pequenas.
Com este caso, Mato Grosso do Sul chega a 32 feminicídios em 2025, um número que expõe a escalada da violência contra mulheres no estado.






