Mato Grosso do Sul fechou os primeiros nove meses de 2025 com US$ 8,18 bilhões em exportações, segundo dados divulgados pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O volume consolidou um superávit recorde de US$ 6,34 bilhões na balança comercial, 10,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
O bom desempenho foi puxado principalmente pela alta nas exportações (+4,5%) e queda nas importações (-12,75%), que totalizaram US$ 1,83 bilhão.
Celulose lidera, soja perde posto e carne ganha espaço
A celulose assumiu a liderança da pauta de exportações, representando 29,2% do total. A soja, que liderava em 2024 com 34,7%, caiu para 25,5%. Já a carne bovina cresceu sua participação, passando de 11,2% para 15,9%.
Outros produtos como açúcares e melaços, além de farelo de soja, registraram queda no valor exportado.
Importações em queda, puxadas pelo gás natural
O recuo nas importações foi fortemente influenciado pela redução na compra de gás natural da Bolívia, principal item da pauta. Entre janeiro e setembro, o volume importado caiu cerca de 30,7%, e o valor, 33%, totalizando US$ 606 milhões. O gás ainda representa 33% das importações de MS, seguido por cobre (8,1%) e equipamentos para usinas (6,8%).
China lidera como principal destino das exportações
A China segue como o maior parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, com US$ 3,76 bilhões comprados entre janeiro e setembro — cerca de 46% do total exportado. Já os Estados Unidos, segundo no ranking, reduziram suas compras de US$ 471 milhões para US$ 426 milhões.
“Somos um Estado exportador”, diz Semadesc
Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, os números confirmam o bom momento da economia sul-mato-grossense. “Temos um resultado sólido, com a celulose e a soja puxando as vendas externas. A redução nas importações, especialmente de gás, reforça esse superávit. Somos essencialmente um Estado exportador, e esses números mostram isso claramente”, afirmou.
