Estado soma 458 casos em 2025 e autoridades orientam como prevenir acidentes e acionar resgate
Mato Grosso do Sul registra, em média, um caso por dia de atendimento na rede de saúde causado por ataque de serpente. Dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica (CVSAT/SES) apontam que, até novembro deste ano, foram contabilizadas 458 ocorrências envolvendo serpentes peçonhentas e não peçonhentas.
O número representa uma redução de 12,5% em relação a 2024, quando foram registrados 530 casos. Segundo a Polícia Militar Ambiental, o resultado está ligado principalmente às ações de educação ambiental e ao maior uso de equipamentos de proteção individual, especialmente no meio rural.
A subcomandante do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) de Dourados, major Thamara Moura, explica que os encontros com serpentes ocorrem, na maioria das vezes, pela aproximação das cidades a áreas de mata e pela busca dos animais por alimento e abrigo. Jiboias são as mais frequentemente resgatadas e, apesar de não serem peçonhentas, exigem os mesmos cuidados de segurança.
A orientação é clara: ao avistar uma serpente, não tente capturá-la ou matá-la. A recomendação é manter distância, afastar crianças e animais domésticos, isolar o local e acionar a Polícia Militar Ambiental. A captura só é realizada quando há risco à população ou ao próprio animal.
Para prevenção, a principal medida é evitar ambientes que favoreçam a presença de serpentes, como quintais com entulho, lixo acumulado e terrenos baldios. No campo, o uso de botas e perneiras é indispensável, especialmente em áreas de mata, lavouras, pilhas de lenha e proximidades de rios.
Após o resgate, os animais saudáveis são devolvidos à natureza. Já aqueles feridos ou debilitados são encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS).
Em Dourados, ocorrências com serpentes podem ser comunicadas ao 2º BPMA pelo telefone ou WhatsApp (67) 3428-0384. Em qualquer região do Estado, também é possível ligar para o 190.
Em caso de picada, a orientação é lavar o local com água e sabão e procurar atendimento médico imediato. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) é referência e dispõe de soro específico, conforme a espécie envolvida.





