Exame genético apontou probabilidade superior a 99,99% e confirmou o abuso sexual
A Polícia Civil de Caarapó concluiu a investigação sobre a gravidez de uma adolescente indígena de 12 anos, caso que chegou às autoridades após alerta do Conselho Tutelar. A jovem apresentava sinais de gestação avançada, confirmada posteriormente por laudo sexológico.
Inicialmente, a adolescente afirmou que o pai do bebê seria um colega de escola, versão reforçada pela mãe, que acreditava que a gravidez resultava de um namoro entre os dois. O jovem, porém, negou qualquer envolvimento íntimo.
Durante visitas à família, equipes do CREAS perceberam comportamento estranho do padrasto, de 30 anos, que demonstrava desconforto sempre que o assunto era mencionado. Mesmo assim, ele negou o crime em depoimento.
Diante das contradições, a Polícia Civil solicitou exame de DNA para identificar a paternidade da criança já nascida. O laudo do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses confirmou que o padrasto é o pai, com probabilidade superior a 99,99%.
Com o resultado, ele foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que pode chegar a 27 anos de prisão.
A Polícia Civil reforçou a importância da atuação conjunta entre Conselho Tutelar, CREAS e demais órgãos de proteção para romper o silêncio que envolve crimes sexuais dentro da família.






