Durante o período de pandemia e com avanço do Coronavírus, causador da doença denominada COVID-19, as crianças e adolescentes foram privados abruptamente do convívio social escolar e ainda as atividades de Educação Ambiental que realizam nas escolas públicas e privadas na Capital e Interior. Diante disso, surgiu a necessidade de o Projeto Florestinha se reinventar.

Com a suspensão das atividades presenciais, tornou-se necessária a adoção do ensino remoto aos integrantes, quando aulas e cursos online lhes foram ofertados, inclusive, disponibilizando computador e tablet caso houvesse necessidade. Além disso, foi realizado acompanhamento social às famílias dos integrantes do Projeto, sendo fornecidas, inclusive, cestas básicas.
RETORNO DO PROJETO E DOS TRABALHOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Nos últimos meses, com a liberação das aulas presenciais, a partir de julho, porém, com restrições, o projeto atendeu todas as medidas de biossegurança, dividindo as turmas e mantendo o distanciamento social nas atividades sociais nas duas Unidades na Capital. Na parte da Educação Ambiental, retornaram as equipes das duas Unidades de Campo Grande que conseguiram desenvolver trabalhos na Capital e Interior. A Unidade do Projeto do Parque Cônsul Assaf Trad é também um Centro de Educação Ambiental (CEA/FLORESTINHA) de recepção de estudantes, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (SEMADUR) da Capital.
CONFRATERNIZAÇÃO DE CONCLUSÃO DE ANO

Nesta semana (13 a 18) foram realizadas confraternizações nas duas unidades do Projeto que atende um total de 120 crianças de 7 a 16 anos, vulnerabilidade social, na Capital, para o fechamento dos trabalhos que coincidem com as férias escolares. Em ambas as Unidades as crianças receberam presentes, brincaram e aquelas que tinham direito aos postos e graduações militares, haja vista que o Projeto funciona com base na disciplina e hierarquia militares, foram promovidas.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Além da vertente social, o Projeto desenvolve atividades de Educação Ambiental, tanto na Capital e interior, que puderam ser retomadas a partir do retorno das aulas presenciais nas escolas públicas, embora com menos intensidade do que em tempos normais, em que as crianças e adolescentes do Projeto atendem em média 20 mil alunos na Capital e Interior anualmente. Os trabalhos são realizados em forma de oficinas temáticas pelas crianças e adolescentes do Projeto Florestinha, supervisionados por um Policial Militar Ambiental. As oficinas temáticas são:
1 – Reciclagem de papel, com palestra sobre os problemas relacionados aos resíduos sólidos.
2 – Visitação ao museu de animais e peixes empalhados, com palestra sobre fauna, pesca, atropelamentos de animais silvestres, tráficos, etc.
3 – Apresentação do teatro de fantoches, com peças sobre as questões ambientais, como: águas, desmatamentos, incêndios florestais e resíduos sólidos etc.
4 – Montagem artificial do CICLO DA ÁGUA, com palestras relacionadas a temática das águas no planeta.
5 – Casa da Energia – com palestra sobre economia energia, matriz energética e fontes renováveis, etc.
6 – Plantio de mudas nativas, com palestra sobre desmatamento, erosões e importância da flora, etc.
7 – Palestra Geral – palestra executada por um Florestinha para a sensibilização dos estudantes sobre os vários temas ambientais, de forma que os alunos entendam que o ambiente é um complexo e que afetar o seu equilíbrio gera problema de qualidade de vida, tendo em vista que tudo que usamos, comemos, bebemos, respiramos vem do ambiente.
Além das oficinas e palestras são realizadas discussões de vários temas ambientais entre os alunos e as crianças do Projeto Florestinha, supervisionadas pelos Policiais Militares Ambientais.
INCENTIVO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL
Importante também, é que ao final das discussões sobre cada tema, são entregues aos professores folhetos patrocinados pela empresa MSGÁS, que é parceira no Projeto de Educação Ambiental, para que eles continuem as discussões com os alunos. Ou seja, o Projeto Florestinha leva a educação ambiental não formal de forma lúdica e convoca os professores para que continuem no ensino formal os trabalhos voltados às questões ambientais, no sentido de se conseguir a transversalidade do tema ambiente, prevista pela Lei Federal nº 9795/1995 (Lei da Política Nacional de Educação Ambiental).
REINÍCIO DAS ATIVIDADES EM 2022
Em janeiro de 2022 serão realizadas as rematrículas e novas matrículas para os integrantes do Projeto. A reapresentação das crianças e adolescentes integrantes do Projeto ocorre uma semana antes do reinício do ano letivo escolar, para o treinamento das equipes que desenvolverão os trabalhos de Educação, que se espera, possa atingir números de alunos atendidos semelhantes aos que se conseguiam antes da pandemia.