A jovem cantora e compositora indígena Regiane Martins, de 23 anos, tem encantado o público sul-mato-grossense com seu talento e sua voz que ecoa a força, a beleza e a ancestralidade do povo Terena. Natural da Aldeia Argola, em Miranda (MS), Regiane é também estudante de Pedagogia e usa a música como instrumento de resistência cultural e valorização das raízes indígenas.
Com várias composições autorais, Regiane tem se destacado por cantar em Terena e por homenagear seu povo em letras que enaltecem a identidade e a história indígena. “Cada música que eu componho é uma forma de honrar quem veio antes de mim. Quero que as próximas gerações se reconheçam na nossa cultura e saibam de onde vieram”, afirma a artista.
Sua segunda canção é uma verdadeira ode ao Pantanal sul-mato-grossense, retratando com sensibilidade os costumes e tradições do homem pantaneiro. “O Pantanal é nossa casa viva, nosso espelho de água, nossa alma em forma de paisagem. Eu canto o que vejo e o que carrego no coração desde pequena”, conta Regiane.
Já sua terceira música, intitulada “Dança Comigo”, tem um tom mais pessoal e autobiográfico. A canção narra sua trajetória como artista, que tem levado sua música a diversos cantos do Mato Grosso do Sul, sempre com destaque para a influência do chamamé – ritmo tradicional da região. “O chamamé corre nas nossas veias. Ele embala as festas, os encontros e minha própria história como cantora. Levo esse ritmo comigo aonde eu vou”, diz Regiane.
Com uma voz firme e ao mesmo tempo doce, Regiane Martins desponta como uma das promessas da nova geração de artistas indígenas do Brasil, unindo talento, tradição e orgulho de suas origens. Sua arte é, antes de tudo, um gesto de amor à cultura que a formou – e um convite para que ela jamais seja esquecida.