Uma açougueira de 37 anos denunciou à Polícia Civil de Nova Andradina uma série de abusos que, segundo ela, sofreu durante o mês de maio no ambiente de trabalho. Funcionária de um supermercado da cidade há cerca de seis meses, a mulher afirma ser vítima de assédio sexual, assédio moral e discriminação por orientação sexual por parte do encarregado do setor onde atua.
Homossexual assumida, a trabalhadora relata que o superior faz constantes comentários ofensivos e de teor sexual, direcionados à sua identidade. Entre as falas relatadas à polícia, estão frases como: “Eu vou ficar com você, vou fazer você virar mulher, vou fazer você virar sua versão original.”
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a situação teria se agravado recentemente. Após demonstrar desconforto com as falas, a funcionária afirmou ter sido agarrada pelo braço e empurrada para dentro de uma sala pelo acusado, que ainda teria a coagido a se demitir, dizendo: “Se não estiver satisfeita, peça as contas e vá embora.”
A vítima afirmou ter comunicado os episódios aos superiores da empresa, mas, segundo ela, nenhuma providência foi tomada. O supermercado conta com câmeras de segurança, que podem comprovar parte das situações descritas, e outros colegas de trabalho teriam presenciado ou vivenciado abusos semelhantes.
Apesar de afirmar que não aguenta mais o ambiente de trabalho, a mulher permanece no cargo por necessidade financeira. À polícia, ela manifestou o desejo de representar criminalmente contra o agressor.
O caso será investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina.
Com informações Dourados News.