A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado repercutiu entre presidentes latino-americanos, na noite desta quinta-feira (11).
Após a concretização do resultado do julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Chile, Gabriel Boric (foto), se manifestou em uma postagem nas redes sociais.
Notícias relacionadas:Itamaraty rebate Rubio e reafirma independência do Poder Judiciário.Trump diz estar surpreso e insatisfeito com condenação de Bolsonaro .Condenação de Bolsonaro e aliados repercute na imprensa internacional.”Meu respeito à democracia brasileira, que resistiu a uma tentativa de golpe e agora julga e condena os responsáveis. Tentaram destruí-la, e hoje ela emerge mais forte. Democracia sempre”, escreveu o chileno.
Gustavo Petro, presidente da Colômbia – REUTERS/Luisa Gonzalez/Direitos Reservados
Quem também se manifestou foi o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Ao compartilhar a notícia do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, que criticou o julgamento, o líder colombiano destacou a importância do fato.
“Todo golpista deve ser condenado. Essas são as regras da democracia”, postou.
Mais cedo, em nota, o Palácio Itamaraty reafirmou a independência do Poder Judiciário no Brasil, em uma resposta a Marco Rubio, secretário norte-americano.
Julgamento
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta quinta-feira (11) o julgamento da ação da trama golpista.
Por 4 votos a 1, os ministros condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado.
Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais réus não vão ser presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.