O três-lagoense José Carlos da Silva, de 61 anos, teve um dia de dupla celebração no Hospital Cassems de Campo Grande. Internado há um mês para tratamento de mieloma múltiplo, ele recebeu a notícia tão esperada da “pega da medula” após o transplante ósseo e, no mesmo dia, foi surpreendido pela visita da esposa e da filha.
“Eu sentia muitas dores nas costas, fiz exames e descobri o câncer. Passei pela quimioterapia e agora pelo transplante. Graças a Deus, deu tudo certo”, contou emocionado José Carlos, que agora sonha em reencontrar os netos.
Emoção da família
A esposa, Sueli Vargas da Silva, não escondia o alívio e a felicidade. “Estou sentindo uma felicidade imensa, porque não foi fácil. Mas graças ao atendimento de primeira qualidade, o tratamento dele está excelente. Eu nunca tinha visto um atendimento assim”, afirmou.
A filha, Silmara Vargas da Silva, destacou a gratidão. “Meu coração está cheio de alegria, porque só nós sabemos o sofrimento que ele estava passando. E ver que ele teve essa oportunidade foi incrível. Todo o cuidado recebido aqui superou minhas expectativas. Agora estou pronta para levar meu pai para casa”, disse.
Transplante autólogo
O procedimento realizado foi o autólogo, em que as próprias células-tronco do paciente são coletadas, congeladas e reinfundidas após altas doses de quimioterapia.
Segundo o oncologista Renato Yamada, a confirmação da pega da medula representa a etapa final do tratamento. “O transplante foi um sucesso. Esse resultado é fruto de um esforço conjunto, de toda a equipe e da estrutura hospitalar. É um orgulho poder entregar essa vitória ao paciente e à família”, afirmou.
Ele explica que, a partir de agora, os cuidados pós-transplante exigem atenção redobrada. “O paciente precisa ser revacinado, evitar aglomerações e cuidar da alimentação, para reduzir riscos”.
Excelência em Mato Grosso do Sul
O Hospital Cassems de Campo Grande é o primeiro do Estado autorizado a realizar transplantes de medula óssea. Desde agosto de 2022, já foram realizados 13 procedimentos de alta complexidade, consolidando a unidade como referência regional.