DERF encerrou investigação após descobrir que relato de ataque na Ernesto Geisel era falso; autor responderá por comunicação falsa de crime
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF), concluiu nesta quinta-feira (27) a investigação que apurava uma suposta tentativa de latrocínio registrada no dia 15 de novembro de 2025, na Avenida Ernesto Geisel, no Bairro Guanandi, em Campo Grande.
Na ocasião, um homem de 30 anos deu entrada na Santa Casa com cortes profundos na mão e no pescoço, afirmando ter sido atacado por um assaltante armado com uma garrafa de vidro quebrada, que teria roubado seu celular.
Durante as diligências, porém, a versão apresentada começou a ruir. Vizinhos ouvidos pela polícia afirmaram que o homem permaneceu em casa no horário em que disse ter sido vítima do crime. Eles relataram ainda que, durante a madrugada, ele discutiu com a namorada e depois deixou o imóvel.
Após receber alta médica, o homem retornou à delegacia para prestar novos esclarecimentos e acabou confessando que inventou toda a história. Segundo ele, as lesões foram autoprovocadas com a intenção de chamar a atenção da namorada e da família, com quem teria conflitos constantes. O próprio autor admitiu que esse tipo de comportamento não foi um episódio isolado.
Com a confirmação dos fatos, a DERF concluiu que não houve tentativa de latrocínio nem qualquer crime contra o patrimônio. O homem foi orientado a buscar atendimento em serviços de saúde mental oferecidos pelo município e responderá pelo crime de comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340 do Código Penal.






