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Universidades vão engajar favelas em estudo sobre crise climática

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8:45 domingo, 28 dezembro 2025
in Brasil
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Em parceria com a Universidade de Glasgow, no Reino Unido, três universidades brasileiras vão conduzir uma pesquisa para propor formas de reduzir o impacto das mudanças climáticas nas favelas brasileiras. O grupo de pesquisa vai se debruçar até 2027 sobre comunidades de Natal (RN), Curitiba (PR) e Niterói (RJ), e está prevista, para a partir de janeiro de 2026, a publicação de um edital com bolsas de pesquisa destinadas a integrar moradores ao trabalho.

O projeto Pacha (sigla em inglês para Análise Participativa para Adaptação Climática e Saúde em Comunidades Urbanas Desfavorecidas no Brasil) tem como coordenador-geral o cientista brasileiro João Porto de Albuquerque, diretor do Urban Big Data Centre, da Universidade de Glasgow. O financiamento, superior a R$ 14 milhões, é proveniente da fundação britânica Wellcome Trust, uma entidade sem fins lucrativos que financia pesquisas na área de saúde e mudanças climáticas.

Notícias relacionadas:Dois em cada três habitantes de favela moram em vias sem árvores.Quase 20% da população de favelas vivem em vias onde não passam carros.Projeto qualifica mototaxistas de favelas do Rio para atuar no turismo.São parceiras da universidade britânica no Brasil a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), por meio do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU); a Fundação Getulio Vargas, por meio do Departamento de Tecnologia e Ciência de Dados da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP); e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU) da PUC-PR, Paulo Nascimento, lembra que todos os municípios brasileiros devem elaborar planos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. O projeto Pacha, entretanto, parte da premissa de que os dados que são gerados refletem muito mais a cidade formal do que as favelas. 

“Por isso, todo o nosso esforço é construir uma base de dados produzida coletivamente com os moradores dessas comunidades e, a partir disso, gerar evidências que vão ajudar a revisar ou a olhar de outra forma esses planos de ação climática”, disse. 

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O professor da PUC-PR Paulo Nascimento participa de projeto internacional para reduzir impactos das mudanças climáticas sobre moradores de favelas do país. Paulo Nascimento/Arquivo pessoal

Com a escolha das três cidades brasileiras que serão estudadas, o projeto vai poder abordar contextos climáticos muito diferentes, destaca Nascimento. O estudo vai investigar como as comunidades urbanas estão trabalhando essa questão e quais desafios enfrentam, dentro de uma perspectiva de criar indicadores com a participação dos moradores. A ideia é verificar quais as capacidades que essas comunidades já estão desenvolvendo e como os pesquisadores podem aprender com elas. 

Pesquisadores comunitários

O professor da PUC-PR chamou a atenção que as favelas são vistas, em geral, pelo olhar da precariedade, da ausência. “E o que a gente está tentando trazer é, através dos moradores, aprender e ver quais os problemas que eles consideram mais relevantes. Então, a ideia toda é a perspectiva de cocriação”.

Dentro dessa ótica, o projeto vai conceder bolsas de doutorado e pós-doutorado e também bolsas vinculadas, obrigatoriamente, a moradores dessas comunidades. “A gente vai ter pesquisadores comunitários, vinculados ao projeto, mas que são dessas comunidades envolvidas e que vão ser financiados por esse agente britânico, com a perspectiva de o projeto ser construído coletivamente”.

Entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2026, deverá ser lançado edital para pesquisadores oriundos das favelas que desejem participar do projeto em Curitiba, Natal e Niterói. 

A proposta é que esses pesquisadores tenham capacidade de engajar as comunidades. “E que sejam replicadores do que for produzido para depois do projeto. Ou seja, que o projeto vai terminar em algum momento, mas a capacidade local fica com conhecimento do contexto”, afirmou Paulo Nascimento.

Desigualdade

Em 2022, de acordo com dados do Censo produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiam no Brasil mais de 12 mil favelas, com um total de 16,39 milhões de pessoas ─ 8,1% dos 203 milhões de habitantes do país. 

Essas populações estão entre as mais afetadas pelos impactos das mudanças climáticas, como chuvas intensas, deslizamentos de terra, enchentes e ondas de calor, uma vez que convivem com moradias precárias e ausência de infraestrutura adequada.

O projeto conta ainda com parceria de outras instituições científicas, entre as quais a Fundação Oswaldo Cruz, pelo Centro de Integração de Dados em Saúde (CIDACS/Fiocruz), que trabalha com a base de dados do CadÚnico com recortes de raça, renda, gênero e idade. Isso vai permitir entender como esses diferentes grupos, dentro das comunidades urbanas, estão expostos aos diferentes tipos de riscos climáticos”, salientou Nascimento. 

A ideia é de uma perspectiva para o trabalho que seja feita de baixo para cima, construindo capacidades comunitárias e, a partir disso, construir resultados que sejam relevantes para cada comunidade e para o conjunto de favelas. 

O Pacha atuará na produção de dados para subsidiar políticas públicas a considerar melhor as desigualdades sociais e ambientais, criando junto com as comunidades um diagnóstico e indicadores que sejam relevantes para eles. O resultado conclusivo do projeto deverá ser divulgado no final de 2027.

 

Favela do Moinho, no centro da capital paulista. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Lançamento

Na primeira semana de dezembro, pesquisadores das universidades brasileiras se reuniram em Natal com membros da Universidade de Glascow, com representantes da Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), também ligado ao governo federal, além de representantes das comunidades potiguares que estão envolvidas na pesquisa.

“A gente passou a semana inteira discutindo o desenho da pesquisa. Fizemos o lançamento oficial no Rio Grande do Norte”.

Segundo o pesquisador, a cada seis meses será feito um evento em alguma das três cidades participantes, envolvendo as comunidades locais, para apresentar resultados parciais.

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