A Fazenda Carandazal, localizada em Corumbá, foi novamente flagrada pelo crime de trabalho escravo, levando o Ministério Público do Trabalho (MPT) a considerar uma ação de expropriação e multa de R$ 25 milhões como reparação à sociedade. Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (26), o deputado estadual Pedro Kemp (PT) repudiou a reincidência do crime e apoiou a destinação da propriedade para reforma agrária.
Kemp destacou as condições desumanas enfrentadas pelos trabalhadores, que incluem falta de salários, ameaças, alojamentos precários e cobrança por alimentação e equipamentos. “É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda tenhamos trabalho análogo à escravidão no Brasil. A situação nos causa indignação e exige ações firmes,” afirmou o parlamentar.
Autor de uma emenda que proíbe incentivos fiscais estaduais a empresários na lista suja do trabalho escravo, Kemp elogiou as fiscalizações realizadas pelo MPT em parceria com as polícias Federal e Ambiental. Ele reforçou que a maioria dos proprietários rurais cumpre a legislação, mas que casos como o da Fazenda Carandazal precisam de medidas exemplares.
A proposta de reforma agrária busca transformar a área em um espaço produtivo e inclusivo, promovendo justiça social e combatendo práticas que violam os direitos humanos. O caso segue em análise pelas autoridades competentes.