Uma mulher brasileira de 42 anos morreu na última terça-feira (27), após se submeter a uma lipoaspiração em uma clínica particular na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia — localizada a cerca de 600 quilômetros da fronteira com Corumbá (MS). As autoridades locais investigam o caso como possível homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas pode haver negligência, imprudência ou imperícia médica.
A informação foi divulgada pelo site boliviano El Deber e confirmada pelas autoridades locais. Segundo o promotor Daniel Ortuño, a causa da morte foi um choque hipovolêmico provocado por uma lesão na veia cava inferior — responsável por transportar o sangue das pernas e do abdômen de volta ao coração. “Isso causou uma hemorragia interna intensa”, detalhou Ortuño à imprensa.
O corpo da brasileira foi levado ao necrotério de Pampa de la Isla, onde passou por autópsia forense. A identidade da vítima ainda não foi divulgada oficialmente.
Três funcionários da clínica envolvidos diretamente no procedimento — o anestesista, o instrumentador cirúrgico e um enfermeiro auxiliar — prestaram depoimento ainda na terça-feira. De acordo com a promotoria, outro médico que também participou da cirurgia será ouvido nos próximos dias. A investigação busca esclarecer se houve falhas durante a realização da lipoaspiração.
A Força Especial de Combate ao Crime (Felcc) da Bolívia e o Ministério Público estão à frente da apuração.
Familiares da vítima, que morava no Brasil, chegaram a Santa Cruz de la Sierra nesta quarta-feira (28) para acompanhar os trâmites legais e o traslado do corpo.