A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados protocolou, nesta sexta-feira (8), uma representação contra cinco parlamentares, incluindo Camila Jara (PT-MS) e Marcos Pollon (PL-MS), que pode resultar na suspensão de seus mandatos por até seis meses.
A medida foi tomada após os deputados se recusarem a deixar a cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a Mesa Diretora durante a retomada das sessões na última quarta-feira (6). A ação ocorreu em meio à ocupação do plenário organizada pela oposição bolsonarista, que reagia à prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Camila Jara e Marcos Pollon, também foram incluídos na representação Marcel van Hattem (Novo-RS), Julia Zanatta (PL-SC) e Zé Trovão (PL-SC). A decisão segue precedentes como os casos de Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), suspensos por três meses das atividades parlamentares.
Se o Conselho de Ética aprovar a suspensão, os deputados perderão temporariamente o direito de exercer o mandato, o salário, o gabinete e a cota parlamentar.
Na justificativa, a Mesa Diretora argumentou que o ato representou desrespeito à autoridade da presidência e tentativa de impedir o funcionamento regular da Câmara, o que, de acordo com o regimento interno, configura falta de decoro parlamentar.