Dom Sergio da Rocha, arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, é um dos cardeais brasileiros com direito a voto na escolha do novo papa e também pode ser um dos candidatos ao cargo. Apesar do ceticismo quanto à possibilidade de um papa brasileiro, ele foi mencionado como um dos favoritos pela imprensa francesa.
O diário Libération incluiu Dom Sergio em sua lista de 15 potenciais candidatos ao papado. Desde 2016, ele é cardeal e atua como membro do C9, o conselho de nove cardeais criado pelo papa Francisco para orientá-lo em reformas na Igreja, função que desempenha desde 2023.
Embora tenha sido citado, em uma recente coletiva de imprensa, ele evitou comentar diretamente sobre o conclave e preferiu enfatizar o legado do papa Francisco. “Neste momento, não temos muito a dizer sobre o conclave; devemos lembrar do papa Francisco. O conclave está nas mãos de Deus, e o Espírito Santo conduzirá os cardeais a tomar a decisão que Ele deseja para a Igreja”, afirmou.
Com a morte do Santo Padre, um novo papa será escolhido em um conclave, processo que ainda será definido. Dom Sergio destacou a necessidade de respeitar o luto e a oração pelo papa Francisco, antes de discutir o futuro da Igreja.
O cardeal, que tem 65 anos e nasceu em Dobrada, São Paulo, foi nomeado arcebispo metropolitano de Brasília em 2011 e se tornou cardeal em 19 de novembro de 2016. Além disso, presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2015 a 2019 e, em 2020, assumiu o cargo de arcebispo de Salvador, recebendo o título de primaz do Brasil.
Recentemente, a Câmara Municipal de Salvador concedeu a ele o Título de Cidadão Soteropolitano em 25 de maio de 2023, e, em 25 de março deste ano, a Assembleia Legislativa da Bahia o homenageou com o Título de Cidadão Baiano.
O Brasil conta com sete cardeais eleitores neste conclave, incluindo Odilo Pedro Scherer (São Paulo), João Braz de Aviz (emérito de Brasília), Orani João Tempesta (Rio de Janeiro), Paulo Cezar Costa (Brasília), Leonardo Ulrich Steiner (Manaus), Jaime Spengler (Porto Alegre) e Dom Sergio. O cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito da Arquidiocese de Aparecida (SP), não poderá votar devido à sua idade de 88 anos, já que apenas cardeais com até 80 anos têm direito ao voto, embora qualquer cardeal possa ser escolhido.