Marcelo Miglioli assume hoje (6) a Secretaria de Obras da Prefeitura de Campo Grande na gestão de Adriane Lopes. Conhecido por ser bom de lábia, Miglioli também pediu afastamento do União Brasil, partido pelo qual foi candidato a deputado federal derrotado nas eleições do ano passado e saiu derrotado.
De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o agora secretário confirmou que estava indo para o PP e sua função na Sisep seria uma indicação da senadora Tereza Cristina, que tem fortalecido de maneira bastante ampla a gestão de Lopes.
Miglioli tem “fama” de técnico e de “que sabe fazer” e com “experiência na máquina”. Foi secretário de obras do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), cargo que deixou para concorrer ao Senado Federal.
De fato, ele já chegou assumindo a secretaria e defendendo as empresas investigadas na operação “Cascalhos de Areia” desencadeada pelo GAECO (Grupo de Ação Especial e Combate ao Crime Organizado) que tem entre os personagens centrais, André Luiz dos Santos, o Patrola.
“Uma empresa investigada não quer dizer uma empresa condenada. Ela não pode ser impedida de prestar serviços para a prefeitura porque está sendo investigada”, cravou Miglioli em sua primeira entrevista como titular da pasta, na manhã desta terça-feira quando falou com o repórter Fabiano Arruda da FM Morena do Grupo Zahran.

Marcelo confirmou que seu nome foi indicado pela senadora Tereza Cristina
Bom de voto?
Quando deixou o governo de Azambuja em 2018, Miglioli foi concorre ao cargo de senador numa disputa com nomes como Nelsinho Trad e Waldemir Moka. Com a máquina nas mãos, na época, ficou visto como “bom de voto”, ficando em quarto lugar na disputa, que era a sua primeira. Teve 347.861 votos, pouco menos do que o veterano medebista que ficou com 357.427 votos.
A campanha na época foi a mais cara entre os senadores, custando nada menos do que R$ 1,202 milhão, sendo que desses valores, nada menos do que R$ 750 foram doados pelo PSDB.
Nelsinho foi eleito em primeiro e a estreante Soraya Thronicke, numa surpresa, ficou com a segunda vaga.
No entanto, a disputa despertou o “gosto” pelas eleições em Miglioli, a ponto que em 2020, em meio a rumores de rompimento com o grupo de Reinaldo, ele mais uma vez enfrentou as urnas.
Sem a máquina na mão, teve apenas 7.899 votos, quando foi candidato a prefeito da Capital pelo Solidariedade.
Já em 2022, no União Brasil, Miglioli disputou o cargo de deputado federal com 9.560 votos e mais uma vez derrotado.
Ainda não há indicações de que ele seria candidato a vereança em 2024. Mas sua filiação ao Progressistas engrossa as fileiras do partido de Adriane e Tereza Cristina para o próximo pleito.






