Um homem foi encontrado morto após uma explosão na Praça dos Três Poderes, vestindo um terno verde adornado com símbolos de baralho. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o incidente foi classificado como um “autoextermínio com explosivo”.
Duas explosões ocorreram nas proximidades, resultando também em um carro em chamas. A área foi isolada pelas autoridades, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi evacuado e a sessão da Câmara dos Deputados foi interrompida. A Polícia Civil está à frente das investigações, enquanto a Polícia Federal já instaurou um inquérito.
Após as explosões, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) iniciou uma varredura ao redor do Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se encontrava no Planalto no momento dos eventos, estando no Palácio da Alvorada, a cerca de quatro quilômetros de distância, onde se reunia com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
As forças policiais estão cercando a Praça dos Três Poderes, orientando os cidadãos a se afastarem. Uma equipe da Polícia Militar realiza uma busca no local para garantir que não haja outros explosivos. No STF, o plenário foi evacuado e a recomendação é para que ninguém permaneça próximo às janelas. Além disso, um carro está em chamas nas proximidades do Anexo IV da Câmara, e os policiais estão verificando se há explosivos em outros veículos na área. A investigação da Polícia está examinando a possível conexão entre a explosão e o incêndio próximo à Câmara.
As redes sociais do proprietário do carro incendiado, registrado como Francisco Wanderley Luiz, revelam postagens em que ele aparentemente ameaça autoridades e menciona a explosão. Francisco, que foi candidato a vereador derrotado em 2020 em Rio do Sul, tem um veículo com placa de Santa Catarina. Em uma de suas postagens, ele afirma que a Polícia Federal tem “72 horas” para “desarmar a bomba”, e menciona a residência de políticos e autoridades. Em outra mensagem, ele destaca a data de 13 de novembro, referindo-se a um “grande acontecimento”.
Além disso, Francisco menciona generais, políticos e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em suas postagens. Ele também compartilhou uma foto no plenário do STF, comentando que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”, e publicou uma imagem com uma taça de vinho, dizendo: “Não chores por mim”. Em suas mensagens, ele enfatiza que “vocês” foram “avisados”.
Duas explosões ocorreram em um intervalo de 20 segundos em frente ao STF, em Brasília, no início da noite desta quarta-feira, resultando na morte do homem na Praça dos Três Poderes, situada entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.