Iniciativa reforça importância da alimentação adequada e saudável como direito e fator essencial para a saúde e sustentabilidade
Celebrado nesta quinta-feira (16), o Dia Mundial da Alimentação foi instituído pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) com o objetivo de promover a conscientização global sobre a importância de garantir o direito à alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional.
Em 2025, o tema definido pela FAO é “De mãos dadas por melhores alimentos e um futuro melhor”, enfatizando o papel coletivo de governos, instituições, agricultores, pesquisadores, empresas e consumidores na construção de sistemas alimentares mais justos, sustentáveis e saudáveis.
Em Mato Grosso do Sul, a data foi marcada por uma ação social realizada na Praça Ary Coelho, em Campo Grande. A iniciativa foi promovida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Gerência de Alimentação e Nutrição da Coordenadoria de Promoção da Saúde, em parceria com o Conselho Regional de Nutrição – 3ª Região e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Durante o evento, foi utilizado o jogo educativo “Tenda do Guia”, uma ferramenta interativa de Educação Alimentar e Nutricional desenvolvida pela Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável – Núcleo Mato Grosso do Sul. A atividade teve como foco disseminar as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira, incentivando a adoção de hábitos alimentares mais conscientes e sustentáveis.
Para o gerente de Alimentação e Nutrição da SES, Anderson Holsbach, a ação reforça diretrizes fundamentais das políticas públicas de saúde e nutrição no Estado:
“A alimentação vai além da ingestão de nutrientes. É um ato social, cultural e de cuidado com a saúde e o meio ambiente. Recomendamos que a base da alimentação seja composta por alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, legumes, verduras, feijões e cereais preparados de forma caseira. É fundamental evitar ultraprocessados, valorizar o ato de cozinhar, planejar o tempo para comer e desenvolver um olhar crítico sobre a publicidade de alimentos”, afirma Holsbach.
“Essas escolhas promovem autonomia, preservam os recursos naturais, a biodiversidade e reduzem os impactos ambientais da produção e do consumo”, complementa.
O alerta da FAO neste ano também chama atenção para o desequilíbrio do sistema alimentar global. Atualmente, cerca de 673 milhões de pessoas ainda enfrentam a fome, ao mesmo tempo em que crescem os índices de obesidade e o desperdício de alimentos — realidade que evidencia as contradições de um sistema onde a escassez e o excesso coexistem.