A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou, na manhã desta quarta-feira (22), a Operação “DNA Fiscal”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa estruturada responsável por crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e blindagem patrimonial.
A ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), com apoio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE/MS) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz/MS).
De acordo com as investigações, o grupo teria causado prejuízo superior a R$ 779 milhões aos cofres públicos, com débitos tributários já inscritos em dívida ativa. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas ligadas aos investigados.
Estrutura criminosa organizada
As apurações apontam que a organização atuava com três núcleos principais:
- Gerencial: formado pelos verdadeiros administradores das empresas, que controlavam as operações sem constar nos registros oficiais;
- Interpostos (“laranjas”): composto por pessoas de baixa renda inseridas formalmente como sócios, para ocultar os beneficiários reais;
- Financeiro: responsável pela movimentação de valores e ocultação de bens, com uso de empresas e pessoas físicas de fachada.
Segundo o Dracco, as empresas declaravam o ICMS, mas não realizavam o recolhimento efetivo. Quando o endividamento se tornava elevado e havia risco de sanções, o grupo transferia as atividades para novas empresas, repetindo o esquema com as mesmas estruturas físicas, fornecedores e empregados.
O modelo era sustentado por holdings patrimoniais, sucessões empresariais simuladas e movimentações financeiras atípicas, que chegavam a R$ 1 milhão por mês, conforme relatórios de instituições financeiras.
O nome da operação
O nome “DNA Fiscal” faz referência à origem familiar da organização criminosa, que seria composta por parentes e sucessores, repetindo o mesmo padrão de fraude ao longo de décadas. A expressão “DNA” simboliza tanto o **vínculo consanguí






