O curta-metragem “Nunca Te Prometi Um Mar de Rosas”, dirigido por Aaron Salles Torres, se destaca por unir cinema, agronegócio e conservação ambiental, abordando a importância do algodãozinho-do-cerrado, uma planta nativa ameaçada de extinção. A trama segue Ida, uma adolescente autista que se dedica à domesticação dessa planta, ressaltando a urgência de proteger o Cerrado e promovendo debates sobre sustentabilidade.
Aaron, que cresceu em Três Lagoas, traz memórias afetivas ligadas ao algodãozinho, utilizando essas experiências para conectar cidade e campo no roteiro. A produção do filme não só busca sensibilizar o público, mas também atua na preservação do algodãozinho, marcando plantas para coleta de sementes que serão enviadas à Agraer.
Especialistas, como Francimar Perez Matheus da Silva e Julceia Camillo, enfatizam a necessidade de esforços conjuntos para preservar essa espécie e explorá-la como uma alternativa econômica sustentável. Pesquisas indicam que o algodãozinho pode ser uma fonte valiosa de amido, beneficiando a indústria alimentícia.
A colaboração com a Embrapa e a Agraer permitiu a criação de um espaço de cultivo em Campo Grande, onde estudos de germinação estão em andamento. Com sua resistência à escassez hídrica, o algodãozinho se apresenta como uma solução promissora para o futuro da agricultura.
“Nunca Te Prometi Um Mar de Rosas” ilustra como o cinema pode catalisar mudanças positivas, integrando cultura, ciência e agronegócio em prol da sustentabilidade e preservação ambiental.