Pelo menos 41 autoridades brasileiras estão em Israel durante a escalada do conflito com o Irã. O grupo participa de uma missão oficial organizada pela embaixada de Israel no Brasil, voltada para conhecer tecnologias aplicadas à gestão pública. Três representantes de Mato Grosso do Sul estão no país.
O clima, no entanto, ficou tenso após o Irã lançar mísseis contra Israel, em retaliação ao bombardeio israelense realizado na quinta-feira (12).
Segundo a imprensa israelense, o ataque deixou ao menos 63 pessoas feridas, duas delas em estado grave. A situação acendeu o alerta do governo brasileiro, que discute o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar o grupo.
Quem são as autoridades brasileiras em Israel
Governadores e prefeitos:
• Marcos Rocha (União Brasil) – governador de Rondônia
• Álvaro Damião (União Brasil) – prefeito de Belo Horizonte (MG)
• Cícero de Lucena (PP) – prefeito de João Pessoa (PB)
• Welberth Rezende (Cidadania) – prefeito de Macaé (RJ)
• Johnny Maycon (PL) – prefeito de Nova Friburgo (RJ)
Vice-prefeitos:
• Janete Aparecida (Avante) – vice-prefeita de Divinópolis (MG)
• Maryanne Mattos (PL) – vice-prefeita e secretária de Segurança Pública de Florianópolis (SC)
• Cláudia Lira (Avante) – vice-prefeita de Goiânia (GO)
• Vanderlei Pelizer (PL) – vice-prefeito de Uberlândia (MG)
Distrito Federal:
• Marco Antônio Costa Júnior – secretário de Ciência e Tecnologia
• Ana Paula Marra – secretária de Desenvolvimento Social
• Thiago Frederico Costa – secretário-executivo de Políticas de Segurança Pública
• Rafael Borges Bueno – secretário de Agricultura
• Mayara Noronha Rocha – primeira-dama (já deixou Israel antes dos ataques)
• Denise Passos e Angela Lima – acompanhantes da primeira-dama
Goiás:
• Pedro Rezende – secretário de Agricultura
• Rasível dos Reis Júnior – secretário de Saúde
• Keila Pereira Santos – esposa do secretário Rasível
Mato Grosso do Sul:
• Ricardo Senna – secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação
• Christinne Maymone – secretária-adjunta de Saúde
• Marcos Espíndola de Freitas – coordenador de Tecnologia da Informação da Saúde
Rondônia:
• Augusto Souza Marques – secretário de Integração
• Valdemir Góes – chefe da Casa Militar
• Maricleide Fonseca – chefe de agenda do governador
• Rute Pedrosa – chefe de gabinete do governador
• Renan Barreto – chefe de mídias do governador
Consórcio Brasil Central:
• José Eduardo Pereira Filho – secretário-executivo
• Renata Zuquim – diretora de Relações Internacionais
• Bruno Watanabe – diretor de Projetos
• Fabrício Oliveira – assessor de comunicação
• Ana Luisa Farias – analista internacional
Outros estados e municípios:
• Dilermando Ribeiro Júnior – secretário de Desenvolvimento de Aracaju (SE)
• Márcio Lobato Rodrigues – secretário de Segurança de Belo Horizonte (MG)
• Paulo Rigo – secretário de Proteção Civil de Joinville (SC)
• Francisco Gutemberg – secretário de Planejamento de Natal (RN)
• Gilson Silva Filho – secretário de Segurança de Niterói (RJ)
• Alexandre Aragon – secretário de Segurança de Porto Alegre (RS)
• Verônica Pires – secretária de Inovação de São Luís (MA)
• Flávio do Valle – vereador do Rio de Janeiro (RJ)
• Davi Carreiro – chefe do Centro de Inteligência de Segurança do RJ (CIVITAS)
• Francisco Aguiar – presidente da FAMEP e secretário regional do Pará
Conflito: o que está acontecendo
Na quinta-feira (12), Israel bombardeou alvos no Irã, incluindo instalações nucleares e bases militares. O ataque matou autoridades de alto escalão iranianas, como o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e dois cientistas nucleares.
Em resposta, neste sábado (14), o Irã lançou mísseis contra Israel. Os ataques atingiram principalmente áreas militares, mas também causaram danos em zonas residenciais. Segundo autoridades iranianas, o bombardeio israelense deixou 78 mortos e mais de 320 feridos, muitos deles civis, incluindo mulheres e crianças.
Do lado israelense, os ataques do Irã deixaram pelo menos 63 feridos, dois em estado grave, conforme o jornal Haaretz. O serviço de emergência Magen David Adom informou que outros tiveram ferimentos leves.
Israel afirma que a operação visou “dezenas de alvos militares e nucleares” e não descarta novos ataques. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que seu país está em um “ponto decisivo da história” e que continuará as ofensivas até destruir a infraestrutura militar e nuclear iraniana.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma vingança severa e classificou o ataque como um “erro histórico de Israel”. O novo comandante da Guarda Revolucionária, Mohammad Pakpour, disse que haverá “consequências destruidoras” contra Israel.
Governo brasileiro acompanha situação
A Comissão de Relações Exteriores do Senado, junto ao Itamaraty, articula o envio de uma aeronave da FAB para repatriar as autoridades brasileiras. Até o momento, não há menção sobre resgate de civis brasileiros.