Dois empresários, Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho, foram presos nesta quinta-feira (6) na 2ª fase da Operação Turn Off deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). Além disso também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Campo Grande (MS). O grupo é apontado como autores de audes e desvio de dinheiro em diversas compras públicas.
De acordo com as informações a operação é desdobramento das investigações, conduzidas pelas Promotorias de Justiça com o apoio do GECOC, identificou a continuidade da prática de crimes. A reportagem tenta contato com a defesa dos acusados e o espaço segue aberto para a manifestação.
Os dois empresários ainda são réus e foram denunciados por fraudes e desvio de dinheiro em diversas compras públicas. Eles foram denunciados em 2022, pelo desvio de dinheiro público na compra de uniformes escolares pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 5,6 milhões. Já em 2023, pelo desvio de dinheiro público na compra de produtos médico-hospitalares pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 6,5 milhões, e neste ano de 2024, por organização criminosa, corrupção ativa e desvio de dinheiro público na compra de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 13 milhões.
Conforme nota do MPE também, neste ano de 2024, foram denunciados por fraudes e corrupção em procedimentos de compra de materiais de ostomia para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, em Convênio firmado com a Secretaria de Estado de Saúde, no valor de R$ 22 milhões e ainda (ufa) foram denunciados por fraudes, corrupção e desvio de dinheiro público na contratação de empresa pela Secretaria de Estado de Saúde, para emissão de laudos médicos, no valor de R$ 12,3 milhões.
Em relação a estes fatos recentes, foi desenvolvida a 1ª fase da operação, em 29/11/2023, a qual originou as ações penais ajuizadas em 2024.
Naquele momento, os mesmos alvos foram presos preventivamente. Pouco depois, a prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares, com vistas, inclusive, a inibir novas práticas delitivas. Entretanto, em total afronta e reiteração criminosa, continuaram a praticar novos crimes, principalmente o de lavagem de dinheiro, sendo identificada a atual ocultação de bens obtidos ilicitamente em valores que ultrapassam 10 milhões de reais, revelando a necessidade das medidas desta 2ª fase da Operação Turn Off.
![](https://www.aonca.com.br/wp-content/uploads/2024/06/image.png)