Duas escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE/MS) foram premiadas na 5ª Jornada de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), evento que destacou a importância da alimentação saudável nas escolas brasileiras, contribuindo para a formação de uma geração mais consciente sobre suas escolhas alimentares.
A premiação reconheceu 20 instituições de ensino de diversas regiões do Brasil que se destacaram em ações voltadas para a promoção de hábitos alimentares saudáveis entre os alunos. As escolas sul-mato-grossenses premiadas são a Escola Estadual Yvy Poty, de Caarapó, e a Escola Estadual Professor Alício Araújo, de Dourados.
Essas instituições implementaram projetos inovadores que não apenas educaram os estudantes sobre nutrição, mas também envolveram a comunidade escolar em práticas sustentáveis e saudáveis. As iniciativas incluíram hortas escolares, oficinas de culinária saudável e campanhas de conscientização sobre a importância de uma alimentação equilibrada.
A jornada também promoveu debates sobre políticas públicas relacionadas à alimentação nas escolas, buscando garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma alimentação adequada e saudável. De acordo com Adriana Rossato, coordenadora da Coordenadoria de Alimentação Escolar (Coale), essa iniciativa é um passo importante para a construção de um futuro onde a alimentação saudável seja uma prioridade nas escolas brasileiras, promovendo bem-estar e saúde para todos os estudantes.
Além disso, nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2025, Brasília sediou o Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O evento contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Educação, Camilo Santana, entre outras autoridades.
Uma das principais mudanças anunciadas durante o encontro foi a redução do limite de alimentos processados e ultraprocessados nas escolas públicas brasileiras. Em 2025, esse limite será reduzido para 15%, com uma nova queda para 10% prevista para 2026. Em Mato Grosso do Sul, as escolas já apresentam índices abaixo do máximo estipulado pelo Governo Federal, com apenas 8% de alimentos processados e 6% ultraprocessados na alimentação escolar.
Segundo Adriana, a utilização de alimentos prioritariamente produzidos localmente, preferencialmente pela agricultura familiar rural, aliada a um cardápio que preconiza a “comida de verdade”, foi fundamental para a conquista destes índices. “Essa realidade demonstra um comprometimento com a saúde dos alunos, antecipando-se às novas diretrizes que entrarão em vigor”, finaliza Adriana.