Desfile das escolas de samba, homenagens, flash mob e orquestra com músicos de 13 países marcaram a primeira noite do evento, que celebra a integração artística sul-americana
A 18ª edição do Festival América do Sul Pantanal teve uma abertura memorável na noite desta quinta-feira (15), transformando o Porto Geral de Corumbá em um verdadeiro espetáculo de cores, sons e emoção. Com o Rio Paraguai como pano de fundo, o evento reafirmou sua vocação de celebrar a diversidade cultural dos 13 países sul-americanos.
O início foi marcado pelo vibrante desfile da Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá (Liesco), que desceu a ladeira Cunha e Cruz com todo o brilho e ancestralidade que fazem do samba uma das expressões mais autênticas da cidade. Em seguida, o público foi surpreendido com um flash mob que misturou dança, música e performance, arrancando aplausos e sorrisos de quem acompanhava.
No palco principal, a cerimônia seguiu com homenagens que conectaram tradição e inovação, exaltando nomes que moldaram a cultura de Mato Grosso do Sul e incentivando novas gerações. O ponto alto foi a entrega dos prêmios do concurso Soy Loco por ti América, voltado a estudantes da fronteira, que este ano teve como tema os 250 anos do Forte Coimbra.
Emocionados, crianças e adolescentes subiram ao palco para receber os troféus. “Esse momento mostra que a cultura é, acima de tudo, uma ponte entre o passado e o futuro”, declarou Eduardo Mendes, presidente da Fundação de Cultura de MS. “Este Festival representa a união de vozes, ritmos e histórias que fazem da América do Sul um território de arte e pertencimento.”
Outro momento de forte carga simbólica foi a homenagem a Francisco Ignácio da Silva Neto, o “Tim”, compositor corumbaense considerado o primeiro sul-mato-grossense a ter uma música gravada em disco. A neta do artista subiu ao palco e, com lágrimas nos olhos, agradeceu: “Foi lindo. Me emocionei muito. Ele faz muita falta. Sou grata por esse reconhecimento.”
O encerramento da cerimônia foi comovente e impactante. Sob a regência do maestro Eduardo Martinelli, a Orquestra América do Sul encantou o público ao reunir músicos dos 13 países do continente em uma apresentação única, que simbolizou o espírito do Festival: integração, diversidade e comunhão cultural.
Presente no evento, o secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, destacou a importância da iniciativa. “Mais que entretenimento, o Festival entrega autoestima, identidade e transformação. É a cultura sul-americana pulsando em Corumbá, com responsabilidade e paixão.”
A noite terminou com shows de Matú Miranda e Bebê Kramer, seguidos da apresentação carismática da dupla Duduca & Dalvan. E isso foi só o começo: até domingo, o Festival contará com 96 atrações gratuitas, espalhadas por espaços históricos e culturais de Corumbá.
O Festival América do Sul Pantanal 2025 é uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da SETESC e da Fundação de Cultura, com apoio da Prefeitura de Corumbá e participação de artistas, instituições e autoridades que acreditam na potência transformadora da arte.