O governo Lula foi procurado por 519 brasileiros que pedem auxilio para sair de Israel, após o país ser atacado pelo grupo extremista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores 70% das solicitações são turistas.Com o ataque, o Brasil prepara um plano para retirar 550 cidadãos que estão na zona de conflito. A FAB (Força Aérea Brasileira) tem quatro aviões à disposição para o resgate, que poderia ser executado em 18 horas.
Uma das ideias é criar bases para receber os brasileiros na Europa, em países como Itália, Grécia ou Portugal, para acelerar a retirada das pessoas das áreas atingidas por mísseis.
O ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, articularam a estratégia. Eles cancelaram uma viagem para a Suécia, onde iriam realizar série de reuniões sobre os caças Gripen, por conta do conflito.
Múcio apresentará o plano neste domingo (8) em um encontro com a ministra interina das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim.
Segundo o Itamaraty, um brasileiro foi ferido durante os ataques em Israel. Ele recebe tratamento hospitalar no país. O governo brasileiro não sabe o paradeiro de outros dos brasileiros.Um dia após Israel sofrer o pior ataque em 50 anos e revidar com bombardeios na Faixa de Gaza, o número de mortos nos dois lados passou de 900 neste domingo (8), de acordo com autoridades. Novas explosões foram registradas, e o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, anunciou a retirada de milhares de pessoas que moram próximas do território controlado pelo grupo extremista Hamas.
Cerca de mil combatentes do Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, se infiltraram por terra, mar e ar em solo vizinho no sábado (7). A ação, sem precedentes, foi acompanhada dos disparos de milhares de mísseis contra Israel.
Neste domingo, após Netanyahu declarar guerra, o conflito alastrou-se: militares israelenses relataram que mais morteiros foram disparados do Líbano contra o norte do país.
O grupo armado Hizbullah assumiu a autoria dos ataques e manifestou “solidariedade” ao povo palestino. A ação teve como alvo três postos militares nas Fazendas Shebaa, uma fatia de terra ocupada por Israel desde 1967 que o Líbano reivindica como sua.