O veto não deve ocorrer para publicidade governamental.
O impulsionamento de conteúdo político geralmente utilizado para campanhas nas eleições, será vetado pelo Google neste ano. A decisão deve entrar em vigor no próximo dia 1º. Com essa decisão, fica proibido que os candidatos a cargos políticos impulsionem no Google Ads, que permite anunciar no buscador ou nas empresas do grupo, como o YouTube.
As regras para as eleições deste ano foram o motivo da decisão. Não havia capacidade técnica para se adaptar ao que determina o artigo 27-A da resolução 23.732, de 27 de fevereiro de 2024.
De acordo com informações divulgadas no site Poder 360, a exigência é a seguinte em caso de conteúdos impulsionados:
I – manter repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada;
II – disponibilizar ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório.
O Google ou qualquer outra grande empresa de tecnologia precisa configurar esse painel para muita publicidade. Existe tecnologia para fazer isso. Mas é caro. Há também risco de falha do sistema e penalidades determinadas pelo TSE. O Google optou por eliminar esta vertical lucrativa durante o processo eleitoral. O requisito de ser responsável desta forma já existe. A diferença é que agora o TSE ampliou o que deve monitorar. Pode haver algumas nuances e o Google pode ser acusado de negligência. Eis como ficou amplo o espectro do que deverá ser monitorado em caso de impulsionamento.
“Para os fins desse artigo, caracteriza conteúdo político-eleitoral, independente da classificação feita pela plataforma, aquele que versar sobre eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionadas ao processo eleitoral”.
Com toda essa reviravolta na venda de mídia, quem sofrerá serão os candidatos menos conhecidos que concorrerão a cargos de vereador e prefeito nos municípios, uma vez que não costumam ser convidados a grandes mídias como televisão, rádios e jornais e encontravam no impulsuinamento de campanha na internet uma alternativa para atingir os eleitores.
Com informações: Poder 360