O crime aconteceu por volta das 20h40, e os autores fugiram logo em seguida. No entanto, a Polícia Militar, por meio das equipes do Batalhão de Choque, iniciou as buscas imediatamente após o crime

Na noite de terça-feira (7), Luan Felipe Pereira Santana, de 25 anos, foi assassinado a tiros no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. A Polícia Civil apurou que o crime foi motivado por vingança e planejado após uma briga ocorrida no dia anterior, envolvendo Luan e um jovem chamado Augusto, que acabou ferido gravemente e internado na Santa Casa.
Conforme o boletim de ocorrência, Rafael de Luca Mareco Cardoso, de 21 anos, confessou ter sido o responsável por organizar a emboscada. Ele relatou à polícia que, inconformado com a agressão sofrida por Augusto — seu amigo —, decidiu se vingar. Para isso, reuniu um grupo de conhecidos e entrou em contato com Luan por WhatsApp, combinando um encontro em uma esquina do bairro.
Na noite do crime, Rafael e os outros cinco envolvidos se dirigiram ao local combinado em um veículo Volkswagen Taos, de cor cinza, conduzido por Marcos Vinícius Lima Recalde, de 23 anos. Dentro do carro estavam também Matteo Dalmatí da Rosa (20), Eduardo Kim Miranda de Oliveira (20), Vinícius Cesar de Souza Moreira (21) e Geovany dos Santos (24).
Segundo o relato dos próprios suspeitos, o grupo aguardou a chegada de Luan. Quando ele apareceu, Vinícius desceu do carro para conversar, mas a situação rapidamente se agravou, levando a uma nova discussão. Em determinado momento, Luan se aproximou da janela do carro, e foi então que Vinícius sacou um revólver calibre.32 e efetuou três disparos à queima-roupa. Luan foi atingido na cabeça e no tórax.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado, mas a vítima já estava sem vida quando os socorristas chegaram ao local. O crime ocorreu por volta das 20h40, e os autores fugiram logo em seguida.
Imediatamente após o homicídio, a Polícia Militar, com apoio do Batalhão de Choque, deu início às buscas. Com base em informações anônimas, os policiais localizaram Rafael, que admitiu sua participação e revelou os nomes dos outros envolvidos.
A operação avançou com a identificação e prisão do grupo. Na casa de Marcos, na Rua Quintino Bocaiuva, os agentes encontraram o veículo usado no crime e prenderam o motorista. Em outra ação, na residência de Matteo, na Rua João Azuaga, os policiais encontraram os demais suspeitos escondidos em um dos quartos: Matteo, Eduardo, Vinícius e Geovany.
Durante a abordagem, Matteo assumiu ser o dono da arma utilizada na execução e entregou voluntariamente o revólver calibre .32. Segundo ele, a arma havia sido comprada dois meses antes, por R$ 3.500.
Além disso, durante as buscas, os policiais apreenderam 31,5 gramas de maconha, uma faca e um celular, que foram encaminhados para perícia.
Os seis homens foram levados para a Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e autuados por homicídio qualificado, com agravantes por emboscada, dissimulação e impossibilidade de defesa da vítima.
A perícia técnica confirmou a morte no local e recolheu o corpo de Luan com apoio de uma funerária. Conforme a polícia, o crime foi premeditado e executado com planejamento, caracterizando uma ação de vingança meticulosamente organizada.