No dia 26 de janeiro de 2023 uma notícia abalou não só Campo Grande como o Brasil. A pequena Sophia Ocampo, de apenas 2 anos, chegou m*rta com na UPA Coronel Antonino. Levada pela genitora, a menina tinha sinais de espancamento e de abüs0 sexüal.
Sthefanie de Jesus e Christian Campoçano, genitora e padrasto da vítima foram presos em flagrante. Hoje são réus por homicídio qualificado, tortura e o padrasto também por estupro de vulnerável.
Desde então, os pais de Sophia, Jean Ocampo, pai biológico, e Igor Andrade, papai urso, como a menina o chamava, lutam por justiça.
Eles, que já tinham denunciado as agressões contra a pequena fizeram um desabafo para expressar a dor e clamam por justiça.
“Há 1 ano perdemos nossa filha e ainda sentimos uma dor enorme ao escrever estas palavras. Temos o coração dilacerado e sentimos uma angústia enorme no peito. Essa é uma enorme mágoa que nos acompanha diariamente.
A luz daquele sorriso de filha, de menina de bem com a vida, aquele brilho se apagou para sempre, arrastando o nosso mundo para as trevas e nos largando na escuridão”, escreveu Igor com uma foto onde os três aparecem juntos.
Para eles, a dor do luto não passa. “Ainda estamos de luto por nossa filha e estaremos por toda nossas vidas… pois ao perdermos o nossa anjinho, nosso bem mais precioso, perdemos também a razão da nossa existência. Parece que foi ontem, mas já passou um ano”,’
Vazio
“O vazio que se apoderou de nossos corações não param de aumentar. Foram mais de trezentos dias sem o calor do seu abraço, sem o seu cheirinho, e a ternura da sua voz.
Você partiu cedo demais, mas nós faremos o que puder para manter seu nome vivo neste mundo”, afirmam.
Um dos pontos que os pais relembram, são os julgamentos sofridos por pessoas, uma vez, que os pais, sabem que um dos motivos para não conseguirem a guarda da criança foi a homofobia.
“Foi um ano duro, de muita humilhação, tivemos que ler e ouvir muitos achismos e ofensas de pessoas ruins e que se não fosse por você filha nós já teríamos colocado um fim nesse sofrimento.. foi um ano longo, cinza e triste, mas nós SOBREVIVEMOS!!! Porque sabemos que aí do céu você nos acompanha, nós sentimos. E também tem muitas pessoas boas e de bom coração que nos apoiam e nos dão força para seguir lutando”, finalizou.
Julgamento adiado
O julgamento de Sthefanie e Christiane estava marcado para março deste ano, no entanto, após pedido da defesa, o Juiz Aluízio Pereira adiou a data, que ainda não foi remarcada.
Relatórios do Gaeco apontam que os dois tinham hábitos de agir com violência contra a criança.
A perícia médica apontou que a menina foi agredida, teve trauma raquimedular e teria morrido horas antes da genitora levá-la a UPA.
Em audiência, Christian culpou Sthefanie e ela culpou o companheiro.
A verdade sobre o dia da morte de Sophia ainda é uma ferida aberta na vida de Jean e Igor e de toda sociedade.






