A esteticista e estudante de biomedicina Ana Carolina Brites, que realizava procedimentos estéticos a preços abaixo do mercado e causou deformações no rosto de aproximadamente três clientes em Campo Grande, vive em condições insalubres, conforme apurou a polícia.
Durante uma operação na residência da suspeita e no coworking espaço alugado por profissionais de diferentes áreas onde os procedimentos eram realizados a Polícia Civil encontrou uma casa em estado precário, com seringas misturadas a fezes de animais,na residência localizada no Jardim Los Angeles.
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou, nesta sexta-feira (20), uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em dois endereços da mulher de 27 anos que se passava por esteticista e biomédica, após causar lesões em pelo menos quatro pacientes durante procedimentos de preenchimento labial.
A ação, coordenada pela 2ª Delegacia de Campo Grande em conjunto com a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), resultou na apreensão de várias seringas já utilizadas e armazenadas de forma irregular, além de substâncias usadas para aplicações de ácido hialurônico e botox. A investigação revelou que a mulher não possui formação superior, tendo apenas frequentado o curso de Biomedicina na Universidade Cesumar, sem concluir a graduação.
Após a repercussão do caso na mídia, a investigada apagou informações de suas redes sociais que a vinculavam à profissão de biomédica. Durante o interrogatório, ela relatou que as quatro pacientes atendidas no dia 13/09 tiveram reações alérgicas e que as substâncias utilizadas foram adquiridas de maneira irregular, através de uma conhecida nas redes sociais. A polícia apreendeu uma caixa do medicamento, que passará por perícia para determinar sua composição e origem.
A delegada Bárbara Alves alertou a população sobre a importância de verificar as credenciais de profissionais que realizam procedimentos estéticos, especialmente os que envolvem técnicas invasivas. “Todos os conselhos profissionais têm consultas públicas que permitem ao consumidor checar a veracidade das informações fornecidas pelo profissional”, ressaltou.
Além disso, o juiz atendeu ao pedido da investigação, suspendendo a atuação profissional da falsa biomédica na área estética, enquanto a vigilância sanitária planeja uma fiscalização no local onde ela atendia seus pacientes.
Com informações Top Mídia News.