O professor indígena Anderson Gomes Lopes Machado, de 24 anos, foi assassinado com golpes de foice e machetes em uma estrada rural próxima à Aldeia Pirakuá, em Bela Vista, na madrugada de domingo (20). O corpo foi encontrado pela manhã, e a motocicleta da vítima, uma Honda CB 250 Twister, estava abandonada a cerca de 200 metros, com sinais de tentativa de ligação direta.
A Polícia Civil iniciou as investigações no mesmo dia, com apoio da perícia técnica. Com base em depoimentos de lideranças indígenas, três suspeitos foram identificados de imediato. E.V., de 24 anos, foi preso em flagrante ainda no domingo, dentro da comunidade. Na segunda-feira (21), E.A.E., de 29 anos, foi localizado e também preso.
Os dois tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventivas. Durante os interrogatórios, a polícia identificou contradições nos depoimentos, o que levou à descoberta da participação de mais dois homens. As prisões preventivas foram decretadas e, na terça-feira (23), G.M.A., de 24 anos, foi capturado pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF). Nesta quinta-feira (25), o quarto suspeito, R.V.G., de 31 anos, foi preso quando tentava fugir para uma região de fazendas em Antônio João.
Segundo a polícia, os quatro abordaram Anderson por volta da 1h da manhã e exigiram que ele entregasse a moto. Diante da recusa, atacaram a vítima com foice e machetes, atingindo principalmente a garganta e a cabeça. Anderson morreu no local. Após o crime, levaram a moto e um par de chuteiras, mas abandonaram o veículo por não conseguir ligá-lo.
A motivação do crime, segundo os próprios suspeitos, seria conseguir dinheiro para comprar mais bebida alcoólica, já que estavam ingerindo cachaça desde a tarde de sábado.
Com R.V.G., a polícia encontrou a foice usada no assassinato, a chave da moto e uma das chuteiras da vítima, que estava sendo usada por ele.
Os quatro estão presos preventivamente no Presídio Máximo Romero, em Jardim.