O governo de Santa Catarina confirmou a morte de um casal e um bebê de cinco meses em um carro arrastado nesta segunda-feira (08) por enxurrada no município de Palhoça (SC). A família foi vítima do ciclone extratropical que atinge os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina desde ontem. A situação ainda é de atenção na região, com alertas nos dois estados.
“Recebi com enorme tristeza a notícia da morte de um casal e de um bebê em Palhoça. Minha solidariedade aos familiares e à comunidade. As forças de segurança já estão atuando nos locais de risco. Mas reforço o pedido: evitem áreas alagadas ou com sinais de desmoronamento e só saiam de casa em caso de extrema necessidade”, declarou o governador Jorginho Mello (SC).
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Durante a tarde de hoje houve alerta para as cidades de Antônio Carlos, Abdon Batista, Biguaçu, Bombinhas, Botuverá, Brunópolis, Camboriú, Campos Novos, Canelinha, Cerro Negro, Curitibanos, Frei Rogério, Governador Celso Ramos, Itajaí, Itapema, Major Gercino, Monte Carlo, Nova Trento, Porto Belo, São João Batista, São José do Cerrito, Tijucas e Vargem. Não há, ainda, balanço de impactos das chuvas de hoje.
No Rio Grande do Sul o município mais atingido foi o de Flores da Cunha, onde um tornado causou danos em telhados e edificações. Segundo o governo foram entregues pela Defesa Civil local lonas para distribuição para as residências atingidas, e também foram disponibilizados geradores de energia, antena Starlink e motobomba, além das viaturas. A estimativa é de que a região teve ventos acima dos 100 km/h.
Ciclone se desloca para o oceano
A expectativa é de que o ciclone se desloque nas próximas horas para o oceano, afetando ainda a região costeira, para a qual há expectativa de vendavais acima de 100 km/h e precipitação que pode se aproximar dos 100 mm/dia na costa gaúcha e um pouco mais branda no litoral catarinense. A previsão é de mar agitado e com ressaca até a quinta-feira na região, quando o fenômeno atingirá alto mar.
As defesas civis estaduais recomendam evitar transitar durante as tempestades e se distanciar de árvores, placas, muros, postes de energia ou mesmo de janelas que estejam expostas ao vento. Pedem ainda que a população não atravesse ruas inundadas, pontes ou pontilhões submersos e que redobre a atenção em áreas de encosta, taludes rodoviários e locais mapeados como áreas de risco. Recomendam, ainda, evitar atividades de navegação, pesca, esportes náuticos, passeios na orla e banho de mar enquanto permanecer o mau tempo.