O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) expediu nova decisão, rejeitando a solicitação de Camila Jara (PT) para remover um vídeo de campanha em que ela aparece elogiando a gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), que busca a reeleição pela coligação “Sem Medo de Fazer o Certo”.
O juiz responsável reconheceu a legitimidade do conteúdo e considerou que a petista agiu de má-fé ao tentar usar a Justiça Eleitoral para prejudicar seus adversários, revogando uma decisão liminar anterior.
A polêmica começou quando Camila Jara alegou que o vídeo, utilizado pela campanha de Adriane Lopes, retirava suas falas de contexto, sugerindo um apoio que ela não havia dado. Contudo, o juiz da 53ª Zona Eleitoral, David de Oliveira Gomes Filho, considerou o pedido improcedente, validando o uso das imagens. Durante um debate, Camila Jara havia reconhecido o trabalho da gestão ao afirmar: “Primeiro eu gostaria de parabenizar a candidata Adriane Lopes”, o que foi visto como uma declaração clara e legítima.
O magistrado criticou a conduta de Camila Jara, insinuando que a candidata tentava manipular o processo eleitoral em seu benefício. “Tal conduta beira a má-fé”, disse o juiz, alertando que futuras tentativas de distorcer fatos ou omitir informações essenciais seriam tratadas com rigor. A decisão não apenas manteve o vídeo em circulação, mas também destacou que a atitude da petista buscava “utilizar maliciosamente” a Justiça Eleitoral, prejudicando o direito de Adriane Lopes de se expressar livremente em suas campanhas.
A defesa de Adriane Lopes enfatizou que sua campanha está em total conformidade com as normas legais, e que não houve manipulação das falas de suas adversárias. “Todas as nossas ações são pautadas na transparência e na integridade. O que mostramos no vídeo foi um reconhecimento sincero da candidata Camila Jara sobre os avanços da nossa gestão”, afirmou a equipe jurídica da prefeita.
O Ministério Público Eleitoral também se manifestou, confirmando que não houve alteração no contexto original das falas de Camila Jara. “O elogio ocorreu, e qualquer alegação em contrário não tem fundamento”, declarou o parecer, apoiando a decisão judicial. A tentativa de censura foi considerada infundada, reforçando o direito da campanha de Adriane Lopes de continuar utilizando o material em suas plataformas.
Além do caso de Camila Jara, a Justiça Eleitoral também negou, na semana anterior, um pedido similar da candidata Rose Modesto (PSDB), que tentou remover um vídeo de campanha onde elogiava a conservação da cidade, comentando que Campo Grande estava “limpinha” e “bem cuidada”. Assim, a equipe de Adriane Lopes está autorizada a manter o conteúdo em suas campanhas.
A decisão de manter o vídeo representa uma vitória significativa para Adriane Lopes, fortalecendo sua posição em relação à transparência e legalidade de suas ações. Ao contrário de suas adversárias, que buscaram na justiça alterar a narrativa eleitoral, Adriane segue enaltecendo os avanços de sua gestão.
Com o respaldo jurídico, a campanha de Adriane Lopes continua fortalecida e pode manter o vídeo, que agora simboliza o reconhecimento, mesmo que indireto, de seus oponentes. Para os eleitores, a mensagem é clara: a prefeita tem trabalhado de forma consistente e dentro da legalidade, conquistando apoio até mesmo de quem disputa o mesmo cargo.