A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta terça-feira (3) que está fora do Brasil e que pedirá licença do cargo. O anúncio ocorre 20 dias após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli não informou o país em que está, mas disse que permanecerá na Europa, onde afirmou ter iniciado tratamento médico anteriormente. Em transmissão ao vivo, declarou: “Eu vim, a princípio, buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e, agora, eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo”.
A deputada citou o colega de partido Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também se licenciou do cargo e deixou o país. “Tem essa possibilidade da Constituição”, afirmou.
Em agosto de 2023, Zambelli teve o passaporte apreendido por decisão do ministro Alexandre de Moraes, no contexto das investigações sobre a invasão ao CNJ. O documento foi posteriormente devolvido, permitindo que ela deixasse o país. A saída recente pode motivar o STF a adotar novas medidas cautelares, como a retenção do passaporte.
Com a condenação, Zambelli pode perder o mandato e ficará inelegível por oito anos. A inelegibilidade passa a valer a partir da publicação da decisão, mas o prazo começa a contar após o cumprimento da pena, o que pode afastá-la da vida pública por cerca de 18 anos. A deputada ainda pode recorrer com embargos de declaração, mas o STF costuma autorizar a execução da pena após a análise dos segundos embargos.
O caso segue sob análise do Supremo.
Com informações G1.