A rua 14 de julho se tornou um dos pontos mais frequentados de Campo Grande após a interdição das ruas no final de agosto, e com isso o que era pra ser divertido e atrativo acabou virando um embate entre os donos de alguns bares e vendedores ambulantes que passaram a trabalhar no local após o fechamento da rua.
Após o evento Festival Afronta que aconteceu na 14 de julho nos dias 20 e 21 de setembro, os comerciantes emitiram uma nota, afirmando que os ambulantes estão defasando as vendas dos bares. Eles destacam ainda que os bares colaboraram para que o festival pudesse acontecer na expectativa de fomentar o consumo nos estabelecimentos e terminam a nota dizendo: Diga não aos ambulantes.
A produção do Festival Afronta, publicou então uma nota de repúdio ao posicionamento dos comerciantes. Eles consideraram a atitude de lançamento da nota desrespeitosa, egoísta e racista e frisaram que o investimento realizado pelos bares foi utilizado para custear parte da segurança do evento.
Nas redes sociais a publicação feita pelo dono de um dos bares, foi excluída pouco tempo depois, mas os comentários continuaram acontecendo em outras contas. Alguns internautas afirmaram que de fato a bebida vendida pelos bares são muito caras e que os ambulantes ajudam até a desafogar o fluxo de atendimento que é intenso.
Uma campo-grandense que preferiu não se identificar, contou ao Jornal A Onça, que bebidas vendidas abaixo do preço nem é o maior atrativo dos ambulantes. “Os bares tem uma fila gigantesca, as vezes a pessoa não quer enfrentar fila né? Vai no ambulante que está na rua, inclusive tem horas que a cerveja do bar tá quente, a questão é que tem público para todo mundo”, disse.