3:20 sexta-feira, 24 outubro 2025
A Onça
No Result
View All Result
A Onça
No Result
View All Result
A Onça
No Result
View All Result

Slide Slide Slide Slide

Estudo prevê substituição de roedor em testes antiveneno de serpentes

Estudo prevê substituição de roedor em testes antiveneno de serpentes

A Onça by A Onça
6:12 quarta-feira, 22 outubro 2025
in Brasil
A A

Pesquisa da bióloga Renata Norbert, do Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), sobre a substituição de camundongos por ensaios in vitro para controle da qualidade de soros contra o veneno de cobras do gênero Bothrops, foi premiado pela Sociedade Europeia para Alternativa de Testes em Animais, no 13º Congresso Mundial de Alternativas ao Uso de Animais.

O trabalho obteve também menção honrosa do Centro Nacional para a Substituição, Refinamento e Redução de Animais em Pesquisa, organização científica britânica.

Notícias relacionadas:Polícia do Rio apreende cobras exóticas de importação proibida.Aldo ironiza pessimismo e diz que cobras não morderam ninguém em Manaus.Substância em veneno de cobra jararacuçu pode inibir avanço da covid.Bothrops é um gênero de serpentes da família Viperidae, popularmente denominadas de jararacas, cotiaras e urutus. A picada dessa serpente é a causadora do maior número de acidentes com cobras no Brasil. Somente este ano, o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) registrou 12 mil acidentes desse tipo.

Em entrevista para a Agência Brasil, Renata Norbert disse que o estudo vem sendo desenvolvido há algum tempo porque, desde 2001, o INCQS vem fazendo apelos para a substituição desses animais, não só para evitar o sofrimento da espécie nos testes, mas também porque a pesquisa demonstrou resultados mais rápidos e mais baratos.

Segundo Renata, a cadeia produtiva antiveneno engloba muitas etapas. Em todas elas, desde a produção, há um controle interno para assegurar a qualidade.

Você podequerer ler

Palmeiras sente altitude de Quito, joga mal e perde de 3 a 0 para LDU

Palmeiras sente altitude de Quito, joga mal e perde de 3 a 0 para LDU

23 de outubro de 2025
Faculdade da USP rompe convênio com Universidade de Haifa, de Israel

Faculdade da USP rompe convênio com Universidade de Haifa, de Israel

23 de outubro de 2025
Anvisa proíbe lote falso de chá e suplementos inseguros para o consumo

Anvisa proíbe lote falso de chá e suplementos inseguros para o consumo

23 de outubro de 2025
Tiago Splitter é o novo técnico do Portand Trail Blazers, time da NBA

Tiago Splitter é o novo técnico do Portand Trail Blazers, time da NBA

23 de outubro de 2025

Ao final da produção, o lote vai para teste no INCQS, onde também é utilizada uma grande quantidade de camundongos visando a liberação do produto para o Programa Nacional de Imunização (PNI) para a população brasileira.

“Nós conseguimos avançar na fase de pré-validação que, até o momento, no mundo inteiro, não existe para antivenenos. Existe para cosméticos, existe para outros produtos. Para antivenenos, é a primeira pesquisa que chega à fase de pré-validação”, acentuou Renata.

Agora, o estudo está na última fase, que abrange a reprodutibilidade de outros laboratórios para atestar a robustez do método. “Os outros laboratórios vão testar a metodologia que a gente pré-validou para observar se eles conseguem obter os mesmos resultados. Acho que esse foi o maior diferencial do nosso trabalho:  avançar um passo a mais na validação”.

Metodologia

A substituição de camundongos por células Vero, cultivadas em laboratório, poderá ser adotada também por produtores, o que evitará o uso de roedores. A metodologia in vitro prevê o uso dessas células Vero que, após serem fixadas em placas, recebem uma mistura de soro com veneno.

Caso as células permaneçam intactas, o soro está aprovado porque inibiu a ação do veneno. Qualquer efeito tóxico, ao contrário, significa que o soro foi reprovado.

Depois dessa etapa, a meta é submeter o resultado da pesquisa para a farmacopeia brasileira, de modo a  colocá-lo em prática. “A gente quer sair da pesquisa e aplicá-la na prática”, diz a especialista.

Serão montados kits de ensaios para que os laboratórios possam realizar a metodologia e verificar os resultados, fazendo-se ainda a comparação entre os resultados apresentados pelos laboratórios. “Com os dados, a gente faz a estatística e vê a reprodutibilidade, se eles conseguem obter os mesmos resultados que a gente conseguiu no INCQS”, frisa Renata. Esses resultados serão publicados e submetidos aos órgãos reguladores. “O nosso sonho é fazer um estudo maior, que incluísse até laboratórios fora do Brasil porque essas serpentes Bothrops existem em outros países, como a Costa Rica, por exemplo. Não se limitam ao Brasil”, acrescenta.

Para Renata Norbert, o reconhecimento internacional obtido pelo estudo foi um estímulo a mais para dar prosseguimento à pesquisa. Ela acredita que – partir de março de 2026 – o projeto poderá ser colocado em prática.

Ganhos

Em dezembro deste ano, Renata irá se reunir com os produtores e um número maior de pessoas interessadas na multiplicação desse conhecimento visando colocá-lo  em prática. Ela quer tentar a expansão do projeto para o exterior. A premiação contribuiu para isso. A bióloga do INCQS reforçou que o método é mais rápido e barato do que utilizando os camundongos. “Chega a reduzir em até 69% o custo”, frisou.  

Testes antiveneno causam muito sofrimento aos animais usados em grande quantidade. Eles acabam sacrificados – Foto –  Vital Brazil/Direitos reservados

Assim, isso se explica porque é necessário um número muito grande de roedores criados no Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) e chegam até a fase adulta para que possam ser utilizados em pesquisas.

Renata Norbert explicou que o teste para antiveneno causa muito sofrimento aos animais usados em grande quantidade, e que, após esse método, são sacrificados. “Trata-se de um teste longo e doloroso, sem anestesia”, esclarece. Daí a razão de a pesquisa buscar sua substituição por ensaios in vitro.

O método desenvolvido pela bióloga no INCQS “é simples e rápido. A gente libera o resultado em uma semana, enquanto os camundongos levam pelo menos um mês na produção até chegarem à fase adulta. Depois, ainda vão para o INCQS para aclimatar e ficam dias no laboratório, antes de serem experimentados. O nosso método é simples, então dá uma diferença grande. Após a validação, vai ser um ganho muito grande”, assegura. 

O INCQS já utiliza a metodologia de células para liberação de vacinas. Para venenos, o estudo de Renata  é pioneiro. Ela pretende estender a pesquisa internacionalmente para outros tipos de serpente Bothrops “porque, se ela é efetiva para Bothrops jararaca, também pode ser para Bothrops Asper, encontrada na América Central e no norte da América do Sul. Na Costa Rica, por exemplo, seria muito importante”. 

Envenenamento

Para o INCQS, as serpentes Bothrops são responsáveis por cerca de 90% dos casos de envenenamento por cobras em humanos no Brasil. Além da possibilidade de levar a pessoa a óbito, a peçonha desses répteis pode causar hemorragia, necroses ou mesmo amputações dos membros afetados.

Apesar disso, o envenenamento por Bothrops não desperta o interesse comercial da indústria farmacêutica privada, informou o Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde. Daí, a Organização Mundial de Saúde (OMS) o classifica como doença tropical negligenciada.

O antiveneno e os ensaios para verificar sua qualidade são feitos pelas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), como o INCQS/Fiocruz, Instituto Vital Brasil,  Instituto Butantan e a Fundação Ezequiel Dias.

Siga A Onça no


Compartilhe isso:

  • Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp
  • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook
Tags: Agencia BrasilBrasilNotícias

Leia também

Palmeiras sente altitude de Quito, joga mal e perde de 3 a 0 para LDU

Palmeiras sente altitude de Quito, joga mal e perde de 3 a 0 para LDU

by A Onça
23 de outubro de 2025

O Palmeiras jogou muito mal, na noite desta quinta-feira (23) no estádio Casa Blanca, em Quito, e foi derrotado pelo placar de 3 a 0 pela LDU (Equador), na partida de ida das semifinais da Copa Libertadores da América. 🇪🇨💪...

Faculdade da USP rompe convênio com Universidade de Haifa, de Israel

Faculdade da USP rompe convênio com Universidade de Haifa, de Israel

by A Onça
23 de outubro de 2025

Acolhendo protestos estudantis e posição crítica de parte do corpo docente, a Congregação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) votou pela antecipação do fim do convênio firmado com a Universidade de Haifa,...

Anvisa proíbe lote falso de chá e suplementos inseguros para o consumo

Anvisa proíbe lote falso de chá e suplementos inseguros para o consumo

by A Onça
23 de outubro de 2025

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quinta-feira (23) a apreensão de um lote falso do Chá Pronto Para Consumo Multi Extrato. Esse lote não foi produzido pela A&CL Indústria e Comércio de Produtos Naturais, que é a...

Load More
  • Home
  • Política de Cookies
  • Posts

© 2023 A Onça

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password? Sign Up

Create New Account!

Fill the forms below to register

All fields are required. Log In

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Home
  • Postagens
  • Artigos da Onça
  • Brasil
  • Polícia
  • Governo
  • Campo Grande
  • Política
  • Saúde
  • Clima
  • Emprego
  • Cultura e Lazer
  • Emprego

© 2023 A Onça

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições Ver política de privacidade