O presidente Lula (PT) realiza, na manhã de hoje (12), um novo procedimento médico no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo a equipe que acompanha o petista, o protocolo já estava agendado, mas a informação foi divulgada à imprensa apenas na quarta-feira.
Lula está passando por uma embolização da artéria meníngea média, com o objetivo de bloquear o fluxo sanguíneo no cérebro e prevenir futuros sangramentos, conforme explicou o médico Roberto Kalil, responsável pelo acompanhamento do presidente.
O procedimento teve início às 7h25 e a expectativa é que dure cerca de uma hora. Por volta das 7h10, o médico Roberto Kalil chegou ao hospital, sem conversar com a imprensa.
Kalil afirmou, na última terça-feira (11), que o procedimento é de “baixo risco e relativamente simples”, ressaltando que é realizado em uma sala de cateterismo, e não em um centro cirúrgico.
Lula hesita em solicitar licença. Pessoas próximas ao presidente informaram ao UOL que é improvável que ele peça afastamento durante a internação. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), tem assumido compromissos em nome de Lula, enquanto os ministros têm conduzido negociações com o Congresso, especialmente em relação ao pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A previsão é que Lula retorne a Brasília na próxima semana.
A notícia sobre o novo procedimento gerou especulações sobre a saúde do presidente. No entanto, o médico de Lula afirmou que o protocolo já estava planejado, apesar de ter mencionado em coletiva que a decisão foi tomada pela equipe médica apenas na quarta-feira (11).
O procedimento seria comunicado após sua conclusão, mas Kalil revelou que o presidente e a primeira-dama Janja “fizeram questão” de informar a imprensa um dia antes.
Na madrugada de terça-feira (10), Lula passou por uma cirurgia para drenar uma hemorragia intracraniana, conhecida como trepanação, que consiste na perfuração do crânio. A intervenção durou cerca de duas horas e, segundo a equipe médica, não houve uma “abertura significativa do crânio”.
O sangramento é resultado de um acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro, quando o presidente sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada.
Lula começou a relatar dores de cabeça na segunda-feira (9) e, após uma reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi levado ao Sírio-Libanês em Brasília. Após a realização de exames, foi transferido para São Paulo para a cirurgia de emergência.