Neste domingo (11) foi confirmado que veio a óbito por complicações das queimaduras, sofridas em 80% do corpo, a menina de 11 anos vítima do incêndio provocado pelo padrasto, no dia 8 de dezembro em Sidrolândia. Ela faleceu ontem (10).
O acusado do crime, Lucas Cáceres Kempener, 24 anos, morreu em confronto com a polícia em janeiro.
Conforme reportado na época, ela estava com a irmã de 3 anos em casa, sozinhas, enquanto a mãe trabalhava. Lucas teria ido até a residência, agredido as crianças e provocado o incêndio por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe delas.
Ao ser interrogado pela polícia, ele chegou a negar ter sido responsável, mas vizinhas viram o momento em que um homem, de short, camiseta branca e tênis saiu do terreno da casa pilotando uma moto.
As duas irmãs foram levadas em estado grave para Santa Casa de Campo Grande. A mais nova recebeu alta, mas a de 11 anos precisou passar por amputação de um dos braços, perna e dedo. Apesar do tratamento avançado, ela não resistiu.
Investigações da Polícia Civil
Durante coletiva, realizada no dia 25 de janeiro, a delegada Bárbara Fachetti Ribeiro, confirmou que o casal viveu um relacionamento abusivo, onde ao longo do relacionamento o homem chegou a hackear as redes sociais da mãe das meninas para monitorá-la. Ela também precisou comunicar acionar a polícia três vezes que ele pulou o muro da casa.
O relacionamento acabou depois que a mãe das meninas encontrou no celular de Lucas conversas com outras mulheres e vídeos de pornografia infantil.
Morte em confronto
Segundo apurado, policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) estavam na cidade para cumprir mandado de prisão do suspeito, no dia 24 de janeiro. Lucas foi abordado quando estava em uma oficina mecânica, na Rua Aquidauana. Ele reagiu e foi baleado. Apesar de ter sido socorrido, Lucas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.